terça-feira, 22 de maio de 2007

Dia de chuva...



Dia de chuva
Neblina
Minh ' alma se aninha

Dia de chuva
Gotas d ‘ água
Em musicalidade:
Minh ' alma

Dia de chuva
Assisto em quietude
Cair em minh ' alma
Pingos de saudade

Dia de chuva
Minh ' alma
Sonha amiúde
Que meu abraço seja teu regaço

Dia de chuva
Silêncio no olhar
Para em minh ' alma
O espaço-tempo-ausência logo findar

Dia de chuva
Minh ' alma calada tenta desvendar
Entre o cinza e o preto
Uma cor para o nosso mundo alegrar

Dia de chuva
Minh ' alma reflete na vidraça
Imagens de esperança
Que a volta traga a bonança

Dia de chuva
Minh’ alma sussurra com mansidão
Tu, para a eternidade
Guardado em meu coração!



Desde ontem chove em minha cidade... Adoro dias chuvosos, faço coisas como: ler, ouvir músicas, ou simplesmente ficar quietinha sob as cobertas... E de pronto, como as gotas que batiam nas vidraças das janelas do meu quarto, esse poeminha, escorreu pelas pontas do meu dedo... E veio parar aqui...

E uma música do Bonfá me acompanhava:
“Eu quero olhar ao meu redor... E ver além do que meus olhos podem ver... Além do céu além do mar... E ter certeza de que vou te encontrar... Olha pra mim... Nosso rumo certo fica em outra direção... Há tempos eu sei que eu não sei viver sem teu carinho... Não me deixe esquecer de todas nossas vidas sempre juntos... E o futuro é aprender a ler aquilo que não está escrito... São pequenos sinais nas nuvens nas estrelas... Quanta coisa amor vimos se perder... E quantas coisas encontramos pra alegrar o coração..."

http://www.marcelobonfa.com.br/barcoalemdosol/depois-chuva.htm [especialmente pra Elzi, clica aí... ;-) ]

11 comentários:

  1. Melodioso, muito melodioso, as gotas de chuva como notas musicais. Beijos, Boca.

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  2. Dá vontade de tomar banho de chuva, e voltar a ser criança. As rimas são suaves e cheias de pingos de chuva. Beijos, querida.

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  3. Ficou muito bom de ler isso aqui. Faz um pra mim? Boca, beijos.

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  4. (Sabe de uma coisa... fico me perguntando, às vezes, o q ainda há a ser criado... Ñ sei quantas novas esperanças temos, mas creio nas velhas, que se repetem, e se renovam, entre tantas outras coisas que penso sobre repetir-se. Alguns dos textos aqui me trazem um... "re-gozo", se me permitem esta palavra. Um "re-cair-se" nas gostosuras e profundezas da alma). O crescente deste poema é simétrico ao crescente de uma pequena tempestade, desde a sua primeira gota até o enxame de gotinhas marimbondiando o vidro da janela do quarto, semi-aberta, que é pra algumas gotinhas entrarem e zumbirem melhor. O poema assim tb se faz... zumbindo e crescendo em nossa mente, desde o anúncio, na primeira gota de tinta, até o manso fervilhar de letrinhas que molha a velha esperança, que dormita debaixo daquela coberta da poetisa.

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  5. Delicioso, simplesmente delicioso! Beijos.

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  6. Puxa! Dá vontade de sair cantando por aí, e tomar banho de chuva.. E ficar ouvindo músicas.. E ler.. E ficar na cama.. Bjs.

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  7. Aquele "clica aí" só funciona pra Elzi, é?.. ;o)). O poeminha soa como música sim... adorei!

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  8. Impressionantemente melodioso!

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  9. os dias chuvosos guardam uma mística. fertiliza. água trazendo sempre outros sentidos, como a leitura dos seus escritos, meu bem querer. terra boa que tanto admiro e gosto de me trocar. beijos e uma ótima terça feira!

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  10. Faltou vc dizer que gosta de tomar banho de chuva.. Mil beijos..

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  11. Val, bom dia, dá até vontade de cantar seu poema, parece uma música, e é. Saudades de vc, Valzinha. Beijos.

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