Quando no subjacente
Germina
Explodindo em mil sementes
Atravessando as dores
Oceanos
Mares
Estrelas incandescentes
Nas madrugadas ardentes
Dos dias indolentes
Agora ausentes
Das intensas manhãs
Espantadas na janela
Do quarto
Da alma
Pintando rascunhos
Em tinta vermelho-sangue
Correndo em cada artéria
Saltando em cada veia
Escorrendo pelo veio
Pontuando o caminho
Atravessando desertos
Dias sim, dias não
Ora claro, ora nublado
Sol incerto
Num reino de inexatidão
Então peço ao vento que passa
Que a estação de silêncio
Finde
E a festa das palavras
De fóssil
Incrustada
Em paredes desenhadas
pontas de cobre
Cinzéis
De novo em mim se refaça
Poemas, declarações
Belas canções de (a)mar
Na hora do vendaVal
Maria Ana Bárbara
Glória Carolina Júlia
Docemente embalar...
(Sem elas sou sempre inverno)