domingo, 20 de janeiro de 2008

(des)Memória.

(imagem recolhida na net)


Ela insistia em nao ver a face que se recobria
Dia e noite, noite e dia
Um após o outro

Em mil se distorcia
Duas mil vezes iludia

Lágrimas difusas
Juras confusas
Insídia teatro

Obtuso.

Pedia uma coisa
Outras lhe foram dadas
Pôs-lhe aos pés a vida
Renegou-a.

Obrigou-a a romper com os sonhos
Confrontou-a
Sangrou-a.
Não há nada mais que se possa ver.
Fazer.

Recolher.

Catar memórias
Histórias
Banalizadas
Jogadas ao chão
Guardanapo de papel

Solidão.


Tirada do fundo do baú. O tempo perdeu-se na memória. Ah, que doce mistério é viver.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Há nas madrugadas...

(imagem colhida na internet)

Há nas madrugadas mais que risos (im)previsíveis
Mais que a boêmia notívaga
O vago do dia
Nosso amor sem pressa
Um brilho nos olhos que reluz
Há tua perna entre as minhas
... E a nossa alegria

Há nas madrugadas vôos rasantes
Encontros desencontros reencontros
Amados amantes
Fantasias que não envelhecem
Desejos insanos profanos
Há o teu peito arfante
... A realidade dos sonhos conjugados bem antes

Há nas madrugadas o latido de um cão
A penumbra do quarto
Meu seio em tuas mãos
Nossas roupas espalhadas pelo chão
... E nós um só corpo liquefação



Quem sabe isso quer dizer amor? Milton Nascimento...



b17

Os cães não ladraram  os anjos adormeceram  a lua se escondeu. Dina Salústio em   Apanhar é ruim demais imagem colhida na internet, d...