terça-feira, 24 de junho de 2008

Da leveza...

(imagem da web)
O espetáculo do mundo
Nosso
Ora em movimento
Ora estático
Êxtase
O ritmo dos corpos
Do pulso
Voragem
Coração
Ágil
Impetuoso
À opacidade do mundo:
Luz, cor, calor, sabor
Arrazoar de amor
Anteparo dos olhares
Medusas
Perseu
Meu
Que caminha em nuvens
No vento
Que arranca veloz
Mordaças de pedra
E cavalga
caValgamos
No Pégaso
Pego o azul
Leveza
Me (e) leva
Contempla-me
E como ninfa
Enfeito-me
De câmulos, corais
Meus olhos
Teus olhos
Dois brilhantes
Espelho
Em ti meu reflexo
Leveza
Me (e) leva
Noutros espaços
(teus braços)
Noutro universo
(meus versos)
Noutra lógica
Que não se dissolve
Como vapor condensado
Algodão doce
E adoça
O nosso céu
da Boca
Todo dia.

P.S.
A minha obviedade é santa, relendo Italo Calvino: Sei proposte per il prossimo millennio, nem preciso dizer a origem da intertextualidade, pois não?
O que ouvimos? Não, não é nenhum dos estilos que compõem o forró. Nesse dia de São João escutamos: A Love Supreme, John Coltrane, McCoy Tyner (piano), Jimmy Garrison (baixo) e Elvin Jones (bateria). 39:36min de puro êxtase. Vá às nuvens, ou ao céu...

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Os cães não ladraram  os anjos adormeceram  a lua se escondeu. Dina Salústio em   Apanhar é ruim demais imagem colhida na internet, d...