sábado, 29 de dezembro de 2012

365 oportunidades para ser feliz

“Tudo muda. De novo começar
podes, com o último alento.
O que acontece, porém, fica acontecido: e
a água que pões no vinho, não podes mais
separar. [...]Porém,
tudo muda: com o último alento podes
de novo começar".
imagem colhida da internet

Gosto desse simbolismo, do ano que inicia, com as resoluções tomadas - ainda que não se execute -; do que se cumprirá, do que ainda  não foi vivido, das expectativas criadas, desse eterno ciclo do fim e do recomeço, do giro que se dá nessa nada linha reta a qual chamamos vida.
Por mais que se diga que o ano será novo, que a vida será nova, nada de novo acontecerá sem a sua vontade. A sua anuência será a chave que abrirá a porta para o novo. Ou para o já vivido mas com outras perspectivas, cada dor, cada prazer; qualquer que seja o pensamento e o sentimento; o suspiro e o fôlego; todas as suas vontades serão SUAS, cada passo, cada amanhecer, serão SEUS. Basta querer.
E nessa celebração que é a passagem do ano, é o que eu desejo para mim e para quem quiser, algo novo; outras possibilidades; novas ideias; desapego ao que maltrata e conspira contra a felicidade; que não se abandone; queira mais da vida, queira mais de si, para si; queira mais; não desperdice as boas ocasiões, amplie os horizontes; dê chance ao inusitado; surpreenda-se mais vezes; por mais simples que pareça, viver é uma dádiva exercida por poucos, queira um 2013 "com 365 oportunidades de ser feliz"! 

(Não sei para você, mas para mim, esse ano que finda, foi extraordinário em todos os campos da minha vida, fi-lo novo, de fato!)

Gonzaguinha - O que é, o que é

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Não nasci para ser spam

"E apesar de tudo,
Ainda sou a mesma!
Livre e esguia,
filha eterna de quanta rebeldia."
imagem: ismael nery

Nem tampouco gadget, bijouteria, artigo de enfeite, apêndice ou alça, na vida de ninguém. Sou vocacionada para a importância, nasci sob o signo do valor. Não do valor que muitos confundem com preço; não tenho preço, tenho valor, valores, herdados, adquiridos desde a ancestralidade, e ao longo dos caminhos percorridos, das tantas pessoas que cruzaram meus percursos e das experiências vividas, trocadas.
Essas vivências me dão cada vez mais suporte - não o técnico que chega nas vagas das marés das tecnologias - , confirmações que os caminhos a percorrer são longos, espinhosos, difíceis, mas é este, o do valor às pessoas que pautam sua vida dando importância ao próximo, como o bem maior do mundo; praticantes da alteridade, da benevolência, tendo como regras primordiais, o respeito e a verdade; que não fazem das pessoas depósitos de suas insatisfações e frustrações; que não fazem das pessoas lixeiras ou lixo.
Nenhum ser humano nasceu para ser segunda opção de ninguém, o "Plano B" como antídoto da solidão. E que tal passarmos a limpo as nossas histórias? E que tal darmos um F5?  É passada a hora de atualizar a vida.

-------
XII - XII - MMXII

Paulinho da Viola canta (do Wilson Batista e José Batista), Meu Mundo é Hoje


(quando houver outra data cabalística como esta quero rever a minha escrita de hoje)

sábado, 8 de dezembro de 2012

Elegia à amizade ou Poema a três mãos

imagem colhida na internet

Gosto da palavra obséquio
E qualquer que seja a lavra
Mesmo que seja a mágoa
Dê ouvidos escute o que a voz pede
O que não se mede nem por um divino repto
E nem se pede mas sempre se repete
Desde o nascer do mundo
No fundo de um amor eterno
Eu só te peço: por obséquio!

Eu, Josias e Ana

Olinda, VII - XII - MMXII

-------
Quando nos encontramos, dá nisso, no mínimo, e só acontecem belezas nesses nossos encontros de celebração à amizade e à poesia. Diminhas, Fabi, SamaroneMagna e Silvinha, estão sempre, ainda que via telefone celular ou nas nossas falas...
Assim como João Cabral, Graciliano Ramos, Osman Lins, Drummond, Mario Faustino, Torquato Neto, Mario Quintana, Manuel Bandeira, Paulo Leminski, Fernando Pessoa, Alexandre O´Neill, Jorge Luis Borges, Julio Cortázar, Clarice Lispector, Cecília Meireles, Hilda Hilst e Adelia Prado. 
Além de Chico Buarque, Miles Davis, Tom Jobim, Maria Bethania, Ná Ozzetti, Jussara Silveira e Monica Salmaso.

Fado Tropical, Chico Buarque (e Ruy Guerra), porque o Geó e Ana Cláudia cantaram-na, ontem.


terça-feira, 4 de dezembro de 2012

aquela canção

"E as lágrimas que choro, brancas e calmas,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim"!
imagem: caravaggio

aquela canção trazia um tempo tão longínquo
cheio de reminiscências - que -
parecia nunca ter saído de si
tempo imemorial
rio nascente
corrente de água
águas de cheiro
águas de choro
veio d´água - coisa intermitente
escorrendo do peito
estancando nos olhos
dilat(cer)ando a pupila
grotões da alma
na fundura do ser
arrebentando segredos
rasgando palavras
g       g       a      g
o       o              o
t        t               t
e       a              a
j
a
n
d
o
um passado que não passou
trazido naquela canção de um tempo tão presente

------

XI - IX - MMXI

whitesnake - too many tears

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

escuta o silêncio

"Estava desempenhado, de alma e corpo ocupados:
 tecia os delicados fios com que se fabrica a quietude. 
Eu era um afinador de silêncios".

the blue violinist - marc chagall

escuta, escuta bem
o silêncio
e esta palavra  dada
- inaudita -
a essência manifesta
ante à perplexidade

escuta, escuta bem
o dito é nada
é a efervescência enclausurada
o êxtase secreto
sentimento disfarçado
destino incumprido

escuta, escuta bem
a lonjura dos mundos
simulação da indiferença
uma contenção da alegria
a escolha do verbo
que não se pronuncia

--------

É dele, do Filipe, um mestre da poesia, um mago das emoções, e que sabe como ninguém esculpir meus poemas e  dá tantos outros sentidos a minha poética. Irresistível, obrigada! 

A palavra escrita é pronunciada no silêncio

(A leitura é um acto íntimo 
uma sujeição submetida à subjectividade,
interpretação, advento e perplexidade)


O silêncio não é dizível

(O silêncio é reduzível 
reproduzível como escrito,
à redutiva palavra, 
à porção que a excede
que se escuta no que ficou por escrever

(a essência manifesta que não se pronuncia)


xxiv - xi - mmxii

miles davis - flamenco sketches



segunda-feira, 19 de novembro de 2012

despedaçada

"Quanto mais me despedaço,
                                                                                                             mais fico inteira e serena".
                                                                                                                            Cecília Meireles

                                           
frida kahlo

é preciso entorpecer o corpo
para  libertar as dores da alma

é preciso rasgar a escuridão da noite
para  nascer o azul do dia

é preciso apagar as estrelas
para o sol nascer outra vez

---------

e a Piedade Araújo Sol traz o poema  (re)nascido dessa forma:

para o sol nascer outra vez
é preciso apagar as estrelas

para nascer o azul do dia
é preciso rasgar a escuridão da noite

para libertar as dores da alma
é preciso entorpecer o corpo


 x- xi - mmxii

luiz melodia canta, do cazuza - codinome beija flor

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

pedra

“O silêncio é a mais perfeita expressão do desprezo”.
Georges Bernard Shaw

galatéia de esferas - salvador dalí


extraíra da pedra  sua força e seu silêncio
e o mineral fragmentou-se
mas não perdeu sua natureza ignis
no complexo processo de solidificação
preenchia fissuras
conservava ranhuras
e a composição:
transparente gema
estranha  ao fogo 
complexa e ambígua
nacarada e brilhante

de          con              nu           ção
    s                    ti               a

composto reacional
entre tantos acidentes
corrosões e colisões
contabilizava  o tempo
um aliado
em diversas  ocasiões
e no torpor da mudez
fossilizou as emoções

------

E o Filipe Campos Melo, sempre proporciona esse diálogo, traz ouro-poema, pedra-poesia e nos multiplicamos:

Líquida lágrima de pedra permanece pendente
Silente silêncio invade vago espaço
Fragmentado fogo no verso fissurado
Reagente entreposto em tempo decomposto
PETRIFICAÇÃO
Poema fossilizado



XX - X - MMXII

snow patrol - you could be happy




terça-feira, 6 de novembro de 2012

novena

"Diante do crucifixo
eu paro pálido tremendo
´Já que és o verdadeiro filho de Deus
Desprega a humanidade dessa cruz"!
Murilo Mendes in  A Tentação

self portrait - bridget tichenor

não desfio o rosário
não tateio as miçangas
não conto o terço
tampouco canto incelências
salmodio meus mortos em silêncio

não entoo antífonas
vou esgarçando meus rosários
conta a conta
esfiapadas como a esperança
ressequida nos olhos da ilusão

em comedida reverência
ante a penitência
ex-votos enfileirados
na poeira perfilados
sonho a sonho realizados

recomeça(mos) a novena!

-----

xxx - x - mmxii

quinteto armorial - romance de minervina  (romance nordestino do século xix)

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

palavra

"O corpo daquela mulher tinha gosto de orvalho, 
de flores e folhas molhadas, de grama quando o dia amanhece.
A pele era como cetim sob seus dedos".  
Anais Nin in Delta de Vênus. p. 183 
a prostituta  -  mafalda marques 

quero a palavra tenra
como fruto novo
saída da minha boca
palavra seminal
nascida apenas quando pronuncio teu nome
e vou silabando devagar

letra a letra
sílaba a sílaba
sem jamais se completar
balbucio de aprendiz
- linguodental -
pressionando a língua no lábio

no céu da tua boca
no canto da noite
que me amanhece lânguida
buscando a flor do meu desejo
exalando o perfume
aromas de pomares

e a palavra nos enlaça
como braços, pernas
e liberta, incasta:
o grito, o gozo
e de novo me refaço
- senhora das tuas vontades -

------------


je m'ennuie



p.s.
não, eu não estou entediada...

domingo, 21 de outubro de 2012

auroras

" a linguagem não é a tradução de um texto já formulado,
 mas se inventa a partir da experiência indistinta,
 toda palavra é sempre apenas uma ‘maneira de falar’:
 poderia haver uma outra". 
Simone de Beauvoir in  Balanço Final. p. 131

nu - ismael nery

1. não era a luz
tampouco as trevas da noite
apenas um farol solitário
emitindo raios 
alertando cruzamentos
de uma vida que pedia passagem
a todo momento
2. não era chuva
nuvem d´água ou
tempestade
apenas o vento sacudindo
as coberturas de zinco
levantando telhados
alertando toda a cidade

3. não têm um vazio
mas a silenciosa escuta
porque por dentro toda a fibra
vibra e grita e espera
auroras fecundas
como a chegada 
da língua no sexo

-----------
imany - you will never know

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

a letra a

"(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado 
No mármore distraído, 
No papel abandonado)"
madalena arrependida - caravaggio 

fantasmagórico, surgiu do nada
enquanto eu:
aérea
alheia
ausente

delicada e frágil
era:
distância
espuma
semente

e a noite luzia:
estrela
brilhante
fugidia

e no outro dia
na noite seguinte
e por tantas outras 
luas

espada de sangue
em fino fio
a letra a
em sua lâmina
se inscrevia!

-----

e a Piedade fez esse comentário-poema, apreciem-no:

a amizade vem
e entranha
fica
vem e não se faz anunciada
se é amizade verdadeira vai ficando
vai crescendo
vai florescendo
amizade é dar
não espera nada em troca
amizade é um estado 
é um sentimento
amizade não desilude
fica só pelo prazer de ser
amizade.

numa noite qualquer de saudades em Olinda.
cristina branco, não há só tangos em paris

sábado, 13 de outubro de 2012

facas

"não posso eu mesmo construir até o fim minha história de 
amor: sou seu poeta (o recitante) apenas quanto ao começo; o 
 fim dessa história, assim como minha própria morte, pertence aos 
outros"
Roland Barthes in Fragmentos de um  Discurso Amoroso. p. 144

imagem colhida na internet

A minha querida amiga, Euza Noronha, me ensinou e ensina muito sobre a vida e a generosidade. Gostava quando ela fazia uma poesia e nos desafiava ao exercício da intertextualidade, e que agora vos convido a fazê-lo também. Começo com o poema do Filipe Campos Melo, a partir do meu, faca, estejam à vontade e será um prazer l(t)ê-los aqui. 


Afia a faca junto ao pulso
alisa a imóvel pedra
onde desesperada
esperas

Faca que faca afia,
a frio

Laminando o verso
Silenciando a fala

Corta do fio, 
O fio 
Sustém a hemorragia
Interrompe o curso do rio

E a fadiga
A fadiga

A incumprida vida

Filipe

---------

F aca afiada com botões de rosas
A paradas nas roseiras podadas
C om desvelo  de jardineiro e
A mor pelas flores

F aca em palavras proferidas
A margas, rancorosas e
C om magoas espalhadas
A correr nas calçadas

F aca com o gume
A fiado  e
C ortante
A cortar as alvoradas

-----

A dureza da vida, 
da pedra,
da faca, 
enchendo o vazio, 
que
muitas vezes
nos deixa por um fio, 
diante da fadiga
da nossa existência

Rodrigo

------

Faca que cega e emudece
Faca que sangra, quando chora
Faca que cansa, quando adormece
Faca que manha a deusa aurora
Faca de Val
Que de tão intensa
Gera tantas outras facas

Faça
Faca

A diferença é o cedilha nesta santa ortografia
Cedilha que acarinha
Abençoa
E amacia
Cedilha de ação, de abraço e de cansaço
Cedilha-louvação
Para tão estonteante FACA.

Magna

------

nina simone - don´t let me be misunderstood


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A BlueShell propôs, topei!



A BlueShell,  propôs e eu topei, e de acordo com as regras:

1. Avisar o blogueiro que indicou, quando fizer o post

2 - Ser sincero/a nas respostas ou não responder.

3 - Ter que fazer 5 indicações de blogues para que tenha continuidade.

4 - No final da postagem dedicar um tema a quem o indicou.

5 - Se for contra estas regras recusar-se a fazer.

Vamos então às perguntas!

1. Algo que você não fala para ninguém?
Dos meus desejos, projetos antes de expô-los e dos meus medos.

2. Se você pudesse ouvir apenas uma música no próximo mês, qual seria?
Sobre Todas as Coisas, do Chico Buarque e Edu Lobo.

3. Um sentimento que nunca sentiu.
O desejo de concretizar alguns desses sentimentos, rs

4. A pessoa mais importante para você.
Minhas filhas e meus pais.

5. Agora onde você queria estar?
No Porto.

6. Já deram um tapa na sua bunda, gostou?
Sim. Na infância, eu era uma menina muito trelosa, e minha mãe não perdoava. Na fase adulta também levei alguns tapas e nem todas as circunstâncias foram agradáveis, e parti(a) com tudo pra cima dos engraçadinhos. Meu corpo é meu e só toca nele quem eu permitir.

7. Quem levaria para uma ilha deserta?
Puxa, Blue, posso  pular essa? rs

 8. Quem você mandaria para o Iraque com uma camisa escrita " I love USA"?
Ninguém em particular, mas posso juntar um coletivo de políticos corruptos e mandar?

9. O que deixa a sua vida de cabeça para baixo?
A falta de respeito, a violência, a grosseria, a indelicadeza, a mentira, a falta de zelo, a  hipocrisia, o trânsito do Recife e Olinda, essas coisas que parecem ter cristalizado no mundo e na maioria das pessoas.

10. Se alguém lhe dissesse que você poderia realizar um sonho agora, qual seria?
Vou pensar de forma egoísta, me mudaria daqui com as minhas filhas.

11. Algo que gostaria de fazer, mas que não tem ou teve oportunidade?
Dar continuidade ao meu doutorado.

12. Você não sai de casa sem o quê?
Sem um livro, um caderninho para anotações e caneta, barra de cereal - costumeiramente esqueço de levar celular e carteira de identidade -, água, as chaves de casa e umas pratas para um café.

13. Já beijou ou beijaria alguém do mesmo sexo?
Sim, todo dia: minhas filhas, amigas, alunas. É cada beijo estalado na bochecha que enche o ar de carinho!

14. O que estaria fazendo se não estivesse fazendo isto?
Terminando de ler meu livro: "A Arte de Lidar com a Raiva" e ou de ver o filme, Z, do Costa Gavras, que comecei e ainda não concluí.

15. O que está pensando agora?
Que quando existe a vontade, o desejo, muito pode ser feito. 

Agora passo este questionário para:

Constantino, o Guardador de Vacas
Barlavento
Olhares do Chacal
Sementeiras
Xaile de Seda

Sobre Todas as Coisas, com o Chico Buarque


domingo, 30 de setembro de 2012

faca

"Seja bala, relógio,
ou a lâmina colérica,
é contudo uma ausência
o que esse homem leva".
(Ou Serventia das Ideias Fixas)
E o Filipe Campos Melo declamou, gravou e editou meu poema

faca na pedra
de amolar
alisando a pedra
dura
de esperar

faca no rio
faca que corta
o fio
o pavio
o pulso

faca que afia
na carne
faca falo
sexo
sangria

faca só lâmina
fria
no brilho
tira delgada
e a fadiga

da vida
que não se cumpre
da faca
em mãos quase vazias
como o vazio que ficou

quando nasceu o dia

----------

XXX - IX - MMXII

pedro abrunhosa e sandra de sá - eu não sei quem te perdeu


domingo, 23 de setembro de 2012

aquele sonho

"Vale não haver escassez de loucos. 
Uns seguindo-se aos outros, em rosário.
Como contas de missangas, alinhadas no fio da descrença".
ascesa dei beati all´empireo - hyeronimus bosch

por não ter pouso
aquele sonho vagava imensidões
voava errante
colidia em estrelas
arrematava  quimeras

por estar suspenso
atado por um fio
que invisível
amarrava a linha do horizonte
aquele era mais um sonho vacilante

por ser vagabundo
transgressor, desafiava regras
criava seu próprio mundo
naquele devaneio
sonhou um porvir

entre o espasmo e a amplidão
abandonou-se inteiro
no deslize das horas
ondas, águas, sal, mar
e bebeu ilusão

-------

XXIII - IX - MMXII

ednardo - pavão mysterioso

b17

Os cães não ladraram  os anjos adormeceram  a lua se escondeu. Dina Salústio em   Apanhar é ruim demais imagem colhida na internet, d...