"As emoções mais fortes são as que,
nos tomam de surpresa e têm uma
duração curta,
pois essas emoções são um anúncio da eternidade
inevitável do ser humano".
L.B.Vicente
imagem colhida na internet
A maior tristeza da paixão é a ausência do ser amado. Estar perto é uma exigência do sentimento. E quando isso não é possível, há uma permanência dolorosa da distância. Amar não deveria rimar com chorar. Choro não é compatível com esse afeto.
O aparente alheamento, a notória e vulgar incompreensão da sozinhez dos apaixonados - pelos demais do entorno -, como uma atitude de isolamento e reflexão, não é uma ato de extrema solidão, mas uma necessidade de proteção da afeição, da lembrança, da memória, da atmosfera onírica, lúdica da chama que existe/ia; é uma forma de proteger o regozijo pelo qual se foi arrebatado, a preservação do que era um mundo, do que era a cumplicidade entre dois seres que se amaram tanto, e que por algum imponderável, por um imprevisto do desavisado destino, há uma separação, e não permite a continuidade daquilo que não foi planejado e aconteceu. "As coisas simples podem-se alterar drasticamente e quando menos esperamos".
O aparente alheamento, a notória e vulgar incompreensão da sozinhez dos apaixonados - pelos demais do entorno -, como uma atitude de isolamento e reflexão, não é uma ato de extrema solidão, mas uma necessidade de proteção da afeição, da lembrança, da memória, da atmosfera onírica, lúdica da chama que existe/ia; é uma forma de proteger o regozijo pelo qual se foi arrebatado, a preservação do que era um mundo, do que era a cumplicidade entre dois seres que se amaram tanto, e que por algum imponderável, por um imprevisto do desavisado destino, há uma separação, e não permite a continuidade daquilo que não foi planejado e aconteceu. "As coisas simples podem-se alterar drasticamente e quando menos esperamos".
A sua ausência é tão real que eu chego a tocar na falta que você me faz; materializa-se o vazio da nossa distância, nem mesmo esse galope tão acelerado, desmesurado, consegue alcançar o seu sorriso do outro lado.
E como as horas passam à revelia dos sentidos, refugio-me entre as páginas dos livros, guardando-me e aos meus sentimentos, do barulho do mundo. És tão dentro de mim!
Olinda, XXVIII - I - MMXIV
Djavan, Esquinas
Olinda, XXVIII - I - MMXIV
Djavan, Esquinas