sexta-feira, 26 de junho de 2015

Impenetrável

"Todos podemos, ao longo de uma vida, conhecer várias existências. 
Eventualmente, desistências. 
Aliás, o mais habitual".
José Eduardo Agualusa in Teoria Geral do Esquecimento. p. 45

 Les amoureux en vert  -  Marc Chagall

Como uma cápsula recoberta por uma matéria impenetrável, o interior foi cingido da não-emoção. 
A impassividade deu lugar a qualquer sentimento, a qualquer sentido ou percepção emocional. 
Como se a vida, o passado, de repente, como um insight, passaram a ser apenas um tempo contado para trás. 
Todas as histórias vividas transmutaram-se em ficção, em realismo mágico fantástico, em narrativas anônimas, sem autores, inexpressivos sobreviventes de um mundo em destruição, sem futuro, sem perspectiva, sem amanhãs.

Olinda, XVII - V - MMXIII

Clapton, canta do George, While My Guitar Gently Weep

b17

Os cães não ladraram  os anjos adormeceram  a lua se escondeu. Dina Salústio em   Apanhar é ruim demais imagem colhida na internet, d...