"Como é possível perder-te
sem nunca te ter achado
nem na polpa dos meus dedos
se ter formado o afago"
sem nunca te ter achado
nem na polpa dos meus dedos
se ter formado o afago"
imagem: Roberto Lúcio de Oliveira
Olinda - XIX - IV - MMXIII
Maria Bethânia, Mensagem
é na carne que te inscrevo versos
livre de vestes
despudorada
à mostra tua cálida flor
esse altar sagrado
reluzente
esplendor
minha vontade azáfama
minha pressa de vida
pulsão presente
minha urgência de eternidade
minha pungente ambição
- chama acesa nos gemidos -
cobiça tracejada na carne
lava incandescente, pelve em brasa
vermelho fogo calor de vulcão
pele contra pele
- resvalando por entre pernas as nossas mãos -
olhos reluzentes em anoitecidos clarões
nossa escrita efeméride, doce insanidade
apago com a saliva e reescrevo rasuras
- voragem e precipício -
minha fome de mundo
o diário da nossa paixão!
-----
livre de vestes
despudorada
à mostra tua cálida flor
esse altar sagrado
reluzente
esplendor
minha vontade azáfama
minha pressa de vida
pulsão presente
minha urgência de eternidade
minha pungente ambição
- chama acesa nos gemidos -
cobiça tracejada na carne
lava incandescente, pelve em brasa
vermelho fogo calor de vulcão
pele contra pele
- resvalando por entre pernas as nossas mãos -
olhos reluzentes em anoitecidos clarões
nossa escrita efeméride, doce insanidade
apago com a saliva e reescrevo rasuras
- voragem e precipício -
minha fome de mundo
o diário da nossa paixão!
-----
Olinda - XIX - IV - MMXIII
Maria Bethânia, Mensagem