quarta-feira, 9 de maio de 2007

E na mão uma rosa...


Entre tuas palavras e teus gestos
Um mundo me deste
À simples menção do que fomos
Tudo retoma o seu lugar
O que configura aparente fragilidade
É o sentido
A intensidade
Lá no recôndito do peito
Pedra se faz por não achar direito
Do que é tecido o coração
O silêncio por vezes leve como a pluma
É a delicadeza da tessitura
Filigrana
Por isso é que me amparo em murmúrios raros
E esse mover de lábios diz
O que nem sempre soubemos ler
Quantos dezembros esperamos
E outros janeiros ficamos
Noitemente se perdiam
Os desejos tantos
Tomados pela distância
Que causticamente nos corroia
Em minha quietude
Contemplava amiúde
O que plúmbeo acontecia
Passaram as horas
Passaram os dias...
Teu perfume sinto agora trazido pelo vento
Como se tudo estivesse no porão do esquecimento
Na parede da memória
Intacto o discurso
Composto de belos versos:
Te darei meu coração
Uma canção de puro amor
Para enfeitar-lhe o sorriso
E na mão uma rosa brotou...

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