terça-feira, 22 de maio de 2007

Teu olhar perdido... A encontrar-se em mim...


Em minha superfície, plana
Tateio silenciosamente
E toco teu instrumento que me procura
Em mares, silente navegante...

Minhas mãos desconcertadas
Prendem-te
Com a argúcia dos meus dedos
E minha Boca...

Em sofreguidão
Com o desejo latente
E precisão astuta
Penetra-me...

Então te vejo como sempre foi:
Meu
Humildemente me coloco como sempre fui:
Tua...

Em delírios e delícias nos retemos
Entre línguas beijos falo sexo
Permanecemos
Retinas em ouro dilatamos...
Em mim te guardo
Estandarte em festa
E tua letra escarlate
Em minhas paredes te inscreves...

Agora sem brumas e incertezas
Desabas
Alimentando todas as promessas
De um sonho que nascera inusitado...

E nesse gozo incontido
Além muito além dos sentidos
Sem temor, esquiva
O verbo se faz em nós vida...

Tua vogal de espuma
Deságua
Fonte inesgotável
Dos desejos tanto[s], que se [re] faz [em] em nós...




Enquanto rabiscava esse sentimento, escutava What is And What Should Never Be - Led Zeppelin, que há tanto mora em mim, e nos renova em sonhos, prosa, versos e desejos... Ainda tenho o sabor dos teus beijos e teu olhar perdido, a escutar as canções que são sempre as mesmas: as nossas...

“And if I say to you tomorrow… Take my hand, child, come with me...It's to a castle I will take you, where what's to be, they say will be…Catch the wind, see us spin, sail away, leave today, way up high in the sky… But the wind won't blow, you really shouldn't go, it only goes to show That you will be mine, by takin' our time…”

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Prazer tê-lo/a no Canto, obrigada pela delicadeza de dispor do seu tempo lendo-me. Seja bem-vindo/a!

b17

Os cães não ladraram  os anjos adormeceram  a lua se escondeu. Dina Salústio em   Apanhar é ruim demais imagem colhida na internet, d...