
Entre incertezas e silêncios
Cala-me
Cala-te
Renega-me...
E como galhos secos
Postos ao fogo
Crepita em labaredas
A ausência...
É lenha em brasa
É carne em sangue
É saudade que arde
É folha que voa...
Das cinzas fazem-se histórias
Rabiscadas na pele
O coração que se entregara afoito
Agora clama misericórdia e morte...
À toa na escuridão
Permanece um sonho
Pé ante pé
Rodeando a noite e a solidão...
Quantas vezes mais
A morte perseguirá
Flor quando quiser ser flor
Chão quando quiser ser chão
Não quando quiser ser não
Caminho quando quiser caminhar
Sonho quando quiser sonhar
Flor pisoteada, ali, a um palmo da mão....
Escuto Cartola desde cedo... E Labaredas [Cartola e Herminio Bello de Carvalho] repetidamente....
“Vou me desacovardar dizendo não... A um coração que fez só desagasalhar... Quem o abrigou... Profanou, sem se importar... E destruiu, sem mais pensar... O essencial de mim... Me atiçando um fogo em mim... Mas pode um incêndio alastrar-se ao coração...Que as labaredas nem vão sequer provocar um só perdão... Quantas pedras não terá para atirar de novo em mim?... Me subestimar, prá quê? Não vou! ... E quando o remorso invadir seu sono, então... Meu coração não vai nem sequer se vergar à sua dor... Debelar o incêndio vai ser impossível só porque... Quem brincou com o fogo foi Você.”
Sei o que sinto, por quem sinto e porquê sinto... Uma saudade que corrói... Algo tão fora de compasso...
Cala-me
Cala-te
Renega-me...
E como galhos secos
Postos ao fogo
Crepita em labaredas
A ausência...
É lenha em brasa
É carne em sangue
É saudade que arde
É folha que voa...
Das cinzas fazem-se histórias
Rabiscadas na pele
O coração que se entregara afoito
Agora clama misericórdia e morte...
À toa na escuridão
Permanece um sonho
Pé ante pé
Rodeando a noite e a solidão...
Quantas vezes mais
A morte perseguirá
Flor quando quiser ser flor
Chão quando quiser ser chão
Não quando quiser ser não
Caminho quando quiser caminhar
Sonho quando quiser sonhar
Flor pisoteada, ali, a um palmo da mão....
Escuto Cartola desde cedo... E Labaredas [Cartola e Herminio Bello de Carvalho] repetidamente....
“Vou me desacovardar dizendo não... A um coração que fez só desagasalhar... Quem o abrigou... Profanou, sem se importar... E destruiu, sem mais pensar... O essencial de mim... Me atiçando um fogo em mim... Mas pode um incêndio alastrar-se ao coração...Que as labaredas nem vão sequer provocar um só perdão... Quantas pedras não terá para atirar de novo em mim?... Me subestimar, prá quê? Não vou! ... E quando o remorso invadir seu sono, então... Meu coração não vai nem sequer se vergar à sua dor... Debelar o incêndio vai ser impossível só porque... Quem brincou com o fogo foi Você.”
Sei o que sinto, por quem sinto e porquê sinto... Uma saudade que corrói... Algo tão fora de compasso...
Você escreve na carne, na alma, com sangue. A emoção em formato Boca. Beijos.
ResponderExcluirAmor, afinidade, e no meio de tudo a saudade. É isso? Beijos.
ResponderExcluirPé-ante-pé, com estardalhaço, de todas as formas, é uma gande satisfação lê-la, Boca...!
ResponderExcluirEi, flor? Que tristeza é essa? Alegria, alegria que o céu clama por isso. Olha lá o azul bonito que faz? E o sol tá aí pra iluminar seu sorriso, amiga querida. Beijinhos pra você.
ResponderExcluirQueria saber dizer sobre desalento. Vc sabe.
ResponderExcluirVal, Val, ainda que seja um poema em carne, não deixa de ser belo. Saudades, bjs.
ResponderExcluir" É lenha em brasa É carne em sangue É saudade que arde É folha que voa..." Eu mais que ninguém sei como isso dói. Como dói, Val. Saudades. Saudades. É só o que eu sinto. Mil beijos
ResponderExcluirAh, essa ausência...
ResponderExcluirInfinita a sua capacidade de imperssionar-me!
ResponderExcluirLugar cheio de belezas, Val. Gostei muito do seu "espaço". Beijos.
ResponderExcluirNão separo a mulher da poetisa, em ambos os casos, a escrita que vem de ti é sempre na primeira pessoa. Privilégio de quem a tem? Privilégio de quem a conhece? Privilégio de quem convive anos a fio com você? Privilégio de quem compartilha sua vida? Seus momentos? Ah que importam os questioamentos? O que importa é que eu adoro você Valzinha, e tenho todos os sentimentos mais belos do mundo por ti, inclua-se uma grande saudade. Beijos, beijos, beijos, beijos e muitos beijos. Sempre.
ResponderExcluirO que vai escrito aqui deverá soar como a apreciação totalmente descolada de qq teoria esthética, de produção e recepção. Entenda-se mais pela fruição, pelo gosto da minha boca, pq meus olhos e ouvidos podem estar já contaminados por ditas e desditas historicamente justificadas. Isto mesmo, a "fagia" é minha guia neste comment, e como tal, tenho a dizer que gosto menos do seu poema quando biografema, mesmo que sua proposta já tenha sido anunciada, mesmo que os blogs tenham precipitado insípidos, e aí não sei de quem é a culpa... culpa?... Sorry! Palavra proibida em tempos de desconstrução... desconstrução do quê mesmo???... Já perdi o fio da meada, e acabei creditando no seu blog a minha insipidez ... ... ... (pesquisando a próxima palavra)... ... ... Desculpe amiga, por hoje é só!
ResponderExcluirPasso por aqui e sinto os seus estímulos, entre gostos e cheiros. Estás grávida, como bem disses, ilustrada por esses silêncios gritantes, cinzas como uma fênix pronta para renascer. Sei que se reinventas e esse texto é um passo. Beijos e uma criativa semana!
ResponderExcluir...
ResponderExcluirCalo-me, um texto repleto de saudade com uma pitada de tristeza. Porém belo. Desejo um sol pra você, querida. Carinhosos beijos.
ResponderExcluirObservação:
ResponderExcluirtodos os comentários foram trazidos do antigo blog.