"No dia em que 'ocê foi embora
Eu fiquei sentindo saudades do que não foi
Lembrando até do que eu não vivi
Pensando em nós dois"
Lenine &Suzano
imagem: Direitos autorais: www.yamauchifotografia.com.br
de espanto em espanto o tempo acontece(u)
resta o delírio da velhice
a ideia de que a juventude persiste no sentimento
na velha foto amarelada esquecida entre os livros
nas anotações do caderno
linhas inseguras desenhadas para um futuro
de sonho em sonho
resiste a espera vã
aquela incansável que espreita as fímbrias do dia
aspirando que o vento refaça o percurso
e declare que foi uma noite de 40 anos
uma noite só, que guardou dentro dela uma vida inteira
de lembrança em lembrança
o ingênuo coração mergulha nas palavras doces
no convincente discurso de uma saudade fugaz
uma saudade doce, serena
que vez por outra refaz
o (não) vivido e o que se deixou por viver
de desejo em desejo
essa lubricidade incontrolável
faz um voo rasante nos fins de tardes com suas trilhas douradas
resguardando as asas das feridas dos caminhos
de ontem, de hoje e do porvir
porque esse pássaro intrépido ainda ousa dançar
a valsa do pôr do sol à berma do mar
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Lenine, O Último por do Sol
Canto da boca é onde beijo
ResponderExcluirminhas amigas. O respeito é
grande, mas ninguém muda o
ecossistema.
Um beijo, jogado de longe e
bom dia.
Olá, amiga!
ResponderExcluirGostei muito poema!
Bjsss!
Olá, Canto da Boca, lindo o seu poema, onde a saudade mora e nos enternece!
ResponderExcluirBeijinhos.
Que linda poesia!
ResponderExcluirTe aguardo em meu cantinho poético.
Na leveza do poema esculpido seiva de vida sob uma valsa regida pelo pôr do sol. Belo canto de Canto.
ResponderExcluirAbraços,