"Erguia-se para uma nova manhã,
docemente viva".
Clarice Lispector em Perto do Coração Selvagem
eu vi o sol rasgar a escuridão da noite
eu vi quando os raios laranjas atravessaram o ventre do dia
e as últimas estrelas sumiam na claridade solar
e as nuvens encobriam a lua minguante
que esquálida, fina
desaparecia por entre aqueles vapores condensados
que se movimentavam em vários sentidos formando todo tipo de imagens
enquanto eu tentava decifrar quem era quem
naquele mundão infinito:
cirrus, stratus ou cumulus
se lá em cima a atmosfera estava fria
cá embaixo começava mais uma indefinição diurna
e as últimas estrelas sumiam na claridade solar
e as nuvens encobriam a lua minguante
que esquálida, fina
desaparecia por entre aqueles vapores condensados
que se movimentavam em vários sentidos formando todo tipo de imagens
enquanto eu tentava decifrar quem era quem
naquele mundão infinito:
cirrus, stratus ou cumulus
se lá em cima a atmosfera estava fria
cá embaixo começava mais uma indefinição diurna
enquanto centelhas de luz incidiam nos cristais de gelo
como espadas de luminescências cortando a claridade
e eu alimentava a minha pareidolia
múltiplos sons, cheiros e outras vozes que brandiam
anunciavam que já era hora de sair do transe madrugador
esquecer o indecifrável torpor
abrir as cortinas da vida
ouvir mendelssohn
despertar na alma a alva da manhã
regar as plantas
dar comida ao gato
meditar
fazer café
alegrar-se em ver o estrear de um dia inteirinho novo
atravessar o que não faz sentido e
aproveitar o acaso(?)
Olinda, X - XII - MMXX
Mendelssohn, Songs without Words Op. 19 No. 1 (Gortler)
Um belo despertar
ResponderExcluirpoema intemporal
Obrigada!
ExcluirAbraço.
:)
Un placer leer tu bello poema
ResponderExcluiry seguir disfrutando del tiempo.
Besitos dulces
Siby
Muchas gracias, Siby.
ExcluirHemos seguido el tiempo, es lo que nos queda
Besitos.
:)
:)