num cálice de vinho tinto
e deixar a esperança se estilhaçar
como se fosse os fragmentos do cristal quebrado
eu preferi guardar o desespero
na gaveta da cômoda do quarto da bagunça
a mesma bagunça que agitava meu coração vermelho
todas as vezes que o sino da igreja badalava as horas da espera
e aquele cansaço que pesava a alma
que vergava o corpo
que enrugava a esperança
que amargava o céu da boca
que apagava as estrelas
que borrava a lua
que fechava o céu
e insistia em dizer:
"que o fim do mundo não vai chegar mais"
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Olinda, XXX - IV - MMXXI
Renato Braz, Quero ficar com você
E cai o pano. Mas o espetáculo continua porque o fim do mundo não vai chegar mais", corramos atrás da palavra que falta. “Totalmente demais” sua estética.
ResponderExcluirUm abraço, Canto!
O espetáculo deve continuar, o fim e o começo do mundo, acontece(m) todo(s) o(s) dia(s).
ExcluirObrigada, pelas palavras e pela presença aqui no Canto.
Abraço!
:)
Estamos sempre a desnascer
ResponderExcluirDiariamente!
ExcluirAbraço, Eufrázio.
:)
Olá!
ResponderExcluirNão saia nada dessa obra.
Gostei.
Saudações poéticas!
Obrigada, caro Vieira Calado!
ExcluirSaudações poéticas, abraço.
:)
Que intensidade, Canto! Escreves com um certo dom de hipnotismo, podes crer.
ResponderExcluirUm beijo :)
Muito obrigada, caríssimo A.C., ler suas impressões me alegram a alma!
Excluir"Envolver" na nossa escrita um literato, um poeta da sua grandeza, não é uma tarefa fácil, fiquei feliz.
Um beijo. :)