"Tú eliges el lugar de la herida
en donde hablamos nuestro silencio.
Tú haces de mi vida
esta cerimonia demasiado pura".
Alejandra Pizarnik em Poema
imagem: marc chagall
a vida irrompeu em maio
até então não existiam:
o antes e o depois
a luz e a escuridão
a memória da flecha
e o tropel dos bisões
os peixes
as algas
a lua
as estrelas
o desejo dos homens
a força das mulheres
os nomes
e todas as coisas vivas
o silêncio da esfinge
a dor e o gozo
as bruxas e as religiões
outros universos
o sal
a saudade
o hálito
e o espelho
os milagres
os mistérios
os anciãos
a arte
as ilusões
o barco e as imprecisões
o cetro e o rei
o centro do mundo
as decisões
as leis
o vale da morte
e as montanhas
o desenho das nuvens
o movimento das marés
o espraiar das águas
o rasante das águias
as horas crepusculares
a explosão das cores
o despertar das flores
a chuva
os hábitos
as rochas
o riso
o siso
a liberdade
o esquecimento
os planos
a passagem do tempo
e os pássaros distraídos
que espelhavam o sol nas asas
o mesmo sol
que diluiu ícaro
e o refez
no ventre renascido
em bona dea
ou maya para além do arco-íris
--
Olinda, IX - V - MMXXI
Led Zeppelin - Tangerine
Se Maio foi o mês da criação de tudo o que de belo este poema encerra, celebremos Maio para todo o sempre!
ResponderExcluirUm abraço amigo.
Se a luz irrompeu em maio,
ResponderExcluirEncheu tua alma de luz
Para os versos que produz
Essa tua alma em ensaio
Maravilhoso! É um raio
De luz do teu ser divino
Ligado a tua alma e tino
Que estabelece o universo
A iluminar o teu verso
Com mais luz a esse destino.
Parabéns! Abraço cordial. Laerte.
Adorei este Maio.
ResponderExcluirGosto de ser de Maio, e este poema ainda me faz gostar mais.
Ando por este Canto da Boca, devagar a saborear belas palavras e bons momentos músicais
Gosto, gosto. Brisas doces ***