São tão da terra que a terra
nem sente sua intrusão.
imagem colhida na internet, desconheço a autoria
a areia, o pó.
O chão é um resultado de histórias
vida, nascimento e morte
ancestralidade.
O chão é base
o lugar
a segurança.
O chão é descanso
lugar de paragem
plantio, colheita
e também devastidão.
É deserto e desolação.
Às vezes oásis
E muita imensidão.
O chão é barro
pegadas
caminhos percorridos
outros ainda a percorrer
algumas vezes, sepultura.
Mas o chão é igualmente
molde, modelo
flor, vegetação
Elemento vital
não requer explicação.
O espírito, o barro, do barro
o eu
a resistência
a solidão
é o chão, o chão!
Olinda, XXI - XI - MMXVII
John Coltrane, Spiritual
Minha amiga, bem o dizes. No chão estão as marcas dos tempos vividos desde o princípio dos tempos, os vestígios da história da humanidade e das nossas histórias em particular. Nele andamos, plantamos, vivemos e será a nossa última morada.
ResponderExcluirGostei de recordar aqui, na citação acima, João Cabral de Melo Neto que aprendi a conhecer contigo.
Bj
Olinda
o poema quase sempre sai do chão
ResponderExcluirNa impossibilidade de o ter feito antes, desejo que a quadra natalícia tenha sido vivida em plenitude pessoal e familiar e que o eco das Boas Festas se faça sentir no hoje e sempre. Formulo, agora, os meus sinceros votos para que o ano de 2018 se cumpra em conformidade com os teus desejos.
ResponderExcluirCom afeto, deixo um bjinho
(saudades de pousar o olhar, sem pressa, pelo teu canto...)
Do pó vieste... ao pó voltarás!
ResponderExcluirMas às vezes com a luz certa, o pó é de ouro, num poema!
Olá, Canto da Boca
ResponderExcluirTudo bem, minha amiga?
Venho desejar-te um Bom Ano Novo. Votos de muitas Felicidades.
Beijinhos
Olinda