"E sobre nós este tempo futuro urdindo
Urdindo a grande teia. Sobre nós a vida
A vida se derramando. Cíclica. Escorrendo".
Hilda Hilst em Toma-me
imagem: di cavalcanti (colhida na web)
Cura essa cegueira de antinomia
Fuja desse casulo opressor
Sem que percebas
Quebrarão todos os seus sonhos.
Olha-me de novo
Transponha o medo
Amedrontado não conseguirás conduzir o barco
De que adianta o barco?
Se para transpor o Oceano é preciso remar?
Ao desejo: mordaça.
Ao desejo: a lâmina cortante, o frio e a vela.
Mas apesar disso, descansa.
Ponha o seu coração dentro do cofre
E muda o segredo.
Não permitas que o roubem
Porque no mundo inteiro
Em todo o mundo, existe perigo.
Sabe o seu casaco de couro
E o seu chapéu panamá?
Os vi fugindo
Queriam lançar-se dos penhascos.
Eles também sentem desejos de arriscar.
Olinda, IV - IX - MMXVII
Beth Hart & Joe Bonamassa
Olá!
ResponderExcluirComo uso muito mais o TM, não me dei conta da regularidade das postagens. Li alguns textos, sempre na excelência da escrita.
Voltarei em breve.
Bjinho
Que poema gigante, Dona Val!!
ResponderExcluir"Sabe o seu casaco de couro
E o seu chapéu panamá?
Os vi fugindo
Queriam lançar-se dos penhascos"
Nossa!