quarta-feira, 27 de julho de 2016

A carne

"Ele dava a sensação que o mundo inteiro estava fechado naquele momento
 e de que só existia aquele festim sensual, 
de que não haveria amanhã"

Anäis Nin em Delta de Vênus



imagem: Amedeo Modigliani



A carne não pensa
Não usa só o sentimento
A carne apenas anseia
Estremece ante o corpo desejado
Exige a presença
Comparência e urgência
Porque a carne pulsa
E sente lassidão após o frêmito  

O depois a carne não pesa
Mas engole a sensatez
Não há  sanidade na carne
Há um anelo de abraços
De pernas e muita cobiça
Encontro boca lábio língua

(Porque quando tu imponente
Invades-me a carne insolente
em minha necessidade premente
Me deixas extasiada!)


Olinda - XXI - VI - MMXVI

Kansas, Dust in the Wind


3 comentários:

Prazer tê-lo/a no Canto, obrigada pela delicadeza de dispor do seu tempo lendo-me. Seja bem-vindo/a!

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