imagem colhida na internet
mesmo que seja uma nova ilusão
quimera, impulsão
(nossos) infinitos desejos
já não me basto
com paixão recebo
entre o mel e o sol
inesperadamente me capturam
de jusante a montante
tragam minha embriaguês
teu corpo
arte da escultura
esculpido com exuberância
um peculiar cheiro de cobre
em monumental pujança
e há essa tua boca
e a tua língua estrangeira
seta veloz
que transpôs continentes
porque voraz
já não obedece barreiras
desabrochando-me sorrisos
e cerejeiras
misto de paz e alegria
faz-se tão presente
desconhecemos lonjuras
impossibilidades, tristuras
e tão suavemente
se aloja docemente
em minhas funduras
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I - II - MMXI
Não tem jeito, só dá Miles Davis - Mystery
não se bastar de não ser si mesmo através do outro que também não se basta por não ser ele mesmo, de tanto que um é outro, que é outro de outro, no redemoinho de diabólicos ninhos de carinhos. eis o impossível possível ou o incrível crível, pulsando eroticamente em seu belo poema.
ResponderExcluirbeijos
la mancha
esse sentimento de não se bastar, que há um tempo é incompletude solidão e ao mesmo o desejo de se completar no ser amado, retratado com clareza com a pujança das palavras e o mistério perene dos mistérios do amor escondidos sob elas; pois se só pelo amor se é sozinho, só pelo amor se pode ser completo. beijos
ResponderExcluiradorei! que paixão avassaladora e descrever tão bem toda a componente física :)
ResponderExcluirbeijinho*
Queremos só tudo do outro, da mesma forma como nos entregamos na totalidade!
ResponderExcluirbendito seja nossos corpos que tem poetas sempre dispostos a canta-lo
ResponderExcluirBelissimo, amei, teu estilo é maravilhoso, beijos !
ResponderExcluir"teu corpo
ResponderExcluirarte da escultura"
quero uma assim para mim
Intenso e suave, como você é.
ResponderExcluirApreciadora da boa música, eu sigo sempre as suas indicações porque são as melhores.
Beijo
nunca nos bastamos quando a vida é paixão. mas nem sempre sabemos descrever com tanta sedução e prazer as vivências e a pouca lucidez que nos provoca esta paixão!
ResponderExcluirbeijo queridona. que os dias te sejam sempre apaixonados.
Ilusão ou não... é pura magia o que aqui descreves. Um corpo escultura, uma línga estrangeira-seta e as funduras... num ritmo só, compassado, entre sorrisos e cerejeiras: o amor perfeito. E a imagem complementa o poema já recheado de sensualidade. Lindo demais, poetisa querida. Abraço
ResponderExcluirAchei bem arquitetado o seu poema!
ResponderExcluirBjjjss
sentires de mel que nos ficam depois de navegarmos na intensa paixão que estas palavras suscitam
ResponderExcluirbeijinho e bom domingo
Bonita poesia como te é peculiar
ResponderExcluirBeijinho e otimo domingo
PS - Desaparecida dos blogues e até do "Face" :(
intensa pasión en tus bellísimo poema!
ResponderExcluirun abrazo fuerte, querida amiga!
Minha amiga que tanto adoro!
ResponderExcluirSei bem como são essas paixões, em que a gente não se basta.
Já as vivi,
já senti o cheiro de cobre,
quebrei barreiras,e já me senti alojada em minhas funduras.
Coisa lindaaaaaaa de texto.
Tudo aqui é bonito, tudo aqui é poesia.
Um abraço dessa que muito te gosta.
Beijo e uma semana linda!
Poema escolhido a dedo, e o que dizer da música? Eu gosto muito como você consegue conjugar emoção e sensualidade, sem cair na vulgaridade, o limiar é sutil, mas você tira isso de letra.
ResponderExcluirMiles Davis, dá o ponto final.
Quero saber mais sobre Mia Couto e também que leia essa conto, beijos !!!
ResponderExcluirhttp://dionariadionaria.blogspot.com/2010/04/cem-cachaca.html
Oi CB,
ResponderExcluirAmo a maneira como louvas a sensualidade; adoro o modo como descreves o amor!
Viva a vida!
Beijos
Lindo!
ResponderExcluirGostei bastante, bjs
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