ouvi dizer que você anda sorridente
que canta sem motivo aparente
e seu olhar ainda que triste
tem um brilho diferente
e os passeios à beira do rio
já ficaram lá atrás
não tem mais passeios
não tem mais rio
não tem mais risos
não tem mais corridas
rumo ao incerto
nem as diversões inventadas no meio do nada
- nem a fome de madrugada -
nem lembra mais do peixe no aquário
nem do parque nos dias de outono
tudo virou pó
pó no sótão da memória
pó no álbum de retratos
pó de estrada
pela qual ninguém caminha mais
tudo agora é o absoluto
absolutamente inexistente
o que se instala nesse instanteé a eternidade do nunca mais
nunca mais nós dois
nunca mais
nunca mais
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Home - Michael Buble, David Foster, Bill Ross - com o Bublé, porque tinha que ser essa música, porque tinha que ser essa...
vc é verdadeiramente diferente
ResponderExcluirgosto de vir aqui nesse horário, é quando eu escuto cada vibração da sua voz doce e suave; cada pausa da sua respiração e o escandaloso sorriso diante da vida. na minha memória não tem pó, só saudades. saudades daquilo que nunca fomos, daquilo que você nunca deixou ser.
ResponderExcluirfeliz 2011.
beijo.
Rodrigo
e quando se diz nunca mais...é porque no passado ficou uma linha de dor muito forte
ResponderExcluirbeijo
bom ano
tão bom vir aqui...
Nunca mais no amor
ResponderExcluirNunca mais nós dois
Essa dor já me trespassou
o meu triste coração
Mas...passou
Ana Cristina César ou, simplesmente, Ana C. tem um outro Poema sobre "rostos sobrepostos", onde um amor se sucede a outro, vou procurá-lo para o próximo post. Uma coisa de louco! Essa mulher tão jovem que se lançou no ar feito pássaro (da janela do seu apto.) não suportou...não suportou.
Mas minha querida Boca Rubra, teu canto está insuperável e vou passar nos seus outros espaços, hoje quero sentir mais sobre teu sentir.
Ano de Mudanças Inspiradoras, amiga!!!Bjsss
O esquecimento às vezes é o melhor remédio.
ResponderExcluirJC
Poesia (e boa) é contigo.
ResponderExcluirSorri ao ler o teu comentário no "Incongruências", apenas quero acrescentar uma ideia ao teu pensamento.
Não há preconceito algum no meu último paragrafo do último post, trata-se apenas de alguma ironia maliciosa que faz falta em qualquer contexto, o próprio Jota por vezes deixa-se ir por essa parte linda que a natureza atribuíu à mulher (os glúteos) :)))
Beijos___incongruentes
A emoção brota nas palavras de forma tão natural e sensível... Percorre-se esse sentimento do início ao fim do poema.
ResponderExcluirGostei muito!
Beijinho
O belo ciclo
ResponderExcluirdas marés
Se nunca mais
ResponderExcluirSe tudo jaz
Se não há paz
Se nem pra todo colorido
Só aguarrás
Aquele tanto de pode ter sido
Carcomido
Deixe o mas
Se tanto faz
Jazz...
o passado há-de ser apenas passado...e voltar a existir um outro "nós" que te inclua a ti e a outro alguém.
ResponderExcluirtão bonito o que escreveste***
"nem lembra mais do peixe no aquário
ResponderExcluirnem do parque nos dias de outono
tudo virou pó
pó no sótão da memória
"
adorei esses versos, tão ceheios de coisas não em seus lugares
Me lembra uma música este teu texto...""O Pó da Estrada, brilha nos meus olhos como a distância, matando as palavras...Na minha boca, sempre a mesma sede...O Pó da Estrada, gruda nos meus olhos como as distâncias mudam as palavras...Na minha boca, sempre o mesmo assunto... O Pó da Estrada...Eu conheci um velho vagabundo que anda por aí sem querer parar...Quando parava ele dizia a todos que o seu coração ainda rolava pelo mundo...E o Pó da Estrada, fica em minha roupa, e o cheiro forte da poeira levantada leva a gente sempre mais à frente...
ResponderExcluirBeijos minha Linda!! Desculpe a extensão do comentário. É que quando a saudade bate, nada mais interessa.
Beijos de novo!!!
João Pedro..........Tem Jota demais neste blog...rssssssss
Rindo de você e para você, meu eternamente querido Jota Pê! É sempre uma delícia saber de ti. O pó das lembranças, esse nunca vamos nos livrar, aliás, nem todos querem...
ResponderExcluirMas quero dar-te um beijo bem carinhoso:smack!