cavalheiro andante e dama arfante
abertos à vida, ávidos
- livres, libertos -
dos suspiros aprisionados
abertos à vida, ávidos
- livres, libertos -
dos suspiros aprisionados
viviam o sonho dos amantes enamorados
- destemidos -
- destemidos -
cavalgavam plenos
num cavalo alado
- branco como a paz
branco como a neve
branco como as nuvens –
alimentados pelo fogo da excitação
a guiá-los pela imensidão
a um só desejado destino
Constantinopla!
acordaram não ter metas
- nem temores –
e um inviolável sentimento
nascido do nada
num cavalo alado
- branco como a paz
branco como a neve
branco como as nuvens –
alimentados pelo fogo da excitação
a guiá-los pela imensidão
a um só desejado destino
Constantinopla!
acordaram não ter metas
- nem temores –
e um inviolável sentimento
nascido do nada
que fluía no movimento do vento
brincadeira do acaso
- nas noites indormidas –
não faziam perguntas
não queriam respostas
queriam-se
buscavam-se
e seu lugar no mundo
Tsargrad!
imperador e imperatriz
enlaçados pela pureza da água
diluíam-se pelo Bósforo
seguiam inseparáveis
recriando diuturnamente aquele incontrolável desejo
brincadeira do acaso
- nas noites indormidas –
não faziam perguntas
não queriam respostas
queriam-se
buscavam-se
e seu lugar no mundo
Tsargrad!
imperador e imperatriz
enlaçados pela pureza da água
diluíam-se pelo Bósforo
seguiam inseparáveis
recriando diuturnamente aquele incontrolável desejo
viviam na iminência de partir
e nesse mundo à parte
expatriados
não queriam estar em outra parte
Miklagard!
maçã de prata
fome e pecado a um palmo da mão
sempre em risco
no riso do céu da boca
desejo exposto
dispostos
puramente sedução
não se importavam com a fragilidade de quase tudo
fiavam-se naqueles fios
- de seda, de aço –
estendiam-se em abraços
sem perda de tempo
em poesia e prosa
refúgio dourado em cada anoitecer
realidade e ilusão
a sorte e uma sentença
um só olhar, a mesma porta
Constantinopla!
num retábulo bordado
cheio de luz e desatino
ora homem, ora menino
perdia-se em meio aquele caminho
- porque nela se encontravam –
renegaram enfim
a solidez do marfim
saíram do ambiente sepulcral
em que se encontraram
um rasgo na retina
por uma pequena greta
o sol explodiu em clarão
todos os halos de luz no céu
e proclamou-se a beleza
despontou o encanto
e no limiar da explosão
com a voz melíflua a sussurar
numa sutil sedução:
sua beleza mais que um arco tenso
é a beleza incomensurável
de altivez e singularidade
em seus braços a me embalar
e nesse mundo à parte
expatriados
não queriam estar em outra parte
Miklagard!
maçã de prata
fome e pecado a um palmo da mão
sempre em risco
no riso do céu da boca
desejo exposto
dispostos
puramente sedução
não se importavam com a fragilidade de quase tudo
fiavam-se naqueles fios
- de seda, de aço –
estendiam-se em abraços
sem perda de tempo
em poesia e prosa
refúgio dourado em cada anoitecer
realidade e ilusão
a sorte e uma sentença
um só olhar, a mesma porta
Constantinopla!
num retábulo bordado
cheio de luz e desatino
ora homem, ora menino
perdia-se em meio aquele caminho
- porque nela se encontravam –
renegaram enfim
a solidez do marfim
saíram do ambiente sepulcral
em que se encontraram
um rasgo na retina
por uma pequena greta
o sol explodiu em clarão
todos os halos de luz no céu
e proclamou-se a beleza
despontou o encanto
e no limiar da explosão
com a voz melíflua a sussurar
numa sutil sedução:
sua beleza mais que um arco tenso
é a beleza incomensurável
de altivez e singularidade
em seus braços a me embalar
homem mais lindo do mundo
nesse eterno encantamento
vivamos esse momento
esse momento e nada mais
nosso singular encontro
sem os efeitos colaterais
não foi apenas ontem que aprendemos a amar
recebamos esse presente
à revelia de amanhãs
sem tropel e armadura
nem dissabores e agruras
flecha apontada
alvo definido
um só coração
caminho traçado
nesse eterno encantamento
vivamos esse momento
esse momento e nada mais
nosso singular encontro
sem os efeitos colaterais
não foi apenas ontem que aprendemos a amar
recebamos esse presente
à revelia de amanhãs
sem tropel e armadura
nem dissabores e agruras
flecha apontada
alvo definido
um só coração
caminho traçado
rumo à esquina do mundo
à cidade sagrada
e toda proteção
juntos em uníssono
entoando a mesma canção
juntos em uníssono
entoando a mesma canção
a versejarem enlevados
desde agora e para sempre
uma invulgar história
desde agora e para sempre
uma invulgar história
viajeiros incansáveis
percorreriam uma só rota
percorreriam uma só rota
acima do céu
abaixo do mar
no plano do altar
decantariam em oração
no interstício da paixão
solfejariam em poesia
constantinopla!
Ao som de um flamenco turco, Öykü Gürman ve Berk Gürman - Evlerinin Önü Boyali Direk, divaguemos, deambulemos....
Linda aventura alada até Constantinopla guiada por desejo, encanto, beleza e mais desejo. Desejo, desejo e luxúria em noites indormidas.
ResponderExcluirCreio estar viajando, eu, nas asas da imaginação em pleno Império Otomano. Pena que seja um solitário viajante...
Hei-de mandar arrastar com muito orgulho,
ResponderExcluirpelo pequeno avião da propaganda
e no céu inocente de Lisboa,
um dos meus versos, um dos meus
mais sonoros e compridos versos:
E será um verso de amor...
Alexandre O'Neill
..................
um öpücük
Encanto e fantasia neste poema épico!...
ResponderExcluirBeijos,
AL
Seguir inseparáveis, quantas vezes sonhei com isso? Paris, Veneza, Constantinopla, Olinda, o valor era seguir junto, não importando o lugar. Mas "um sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só".
ResponderExcluirUm beijo, Branquinha.
Rodrigo
A versejarem enlevados
ResponderExcluirdesde agora e para sempre
uma invulgar história
viajeiros incansáveis
percorreriam uma só rota
Imenso e belo,
como o amor sempre deveria ser
Bjo.
Olá amiga, excelente fim de semana com planos pra uma semana de paz e alegrias, abraços.
ResponderExcluirDeixo uma pérola.
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"Aqui está Deus no dia da criação. Ele olha para as estrelas e diz:
. 'Todas vocês, estrelas, movam-se para este lugar e comecem a avançar neste sentido, e movam-se
em um círculo e avancem exatamente como Eu lhes dizer até eu lhes dar outra palavra. Planetas
levantem-se e girem e façam esta formação em meu comando, até que eu lhes dê outra palavra.'
. Ele olha para as montanhas e diz: 'Levantem-se'. E elas lhe obedecem. Ele diz aos vales 'rebaixem-se'
e eles lhe obedecem. Ele olha para o mar e diz 'você vai vir até aqui', e o mar lhe obedece.
. Em seguida, ele olha para você e diz 'venha!' e você diz 'NÃO!'
. Será que isso incomoda alguém aqui?“
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Paul Washer
http://hanukkalado.blogspot.com
http://valvesta.blogspot.com
Minha amiga de alma!!!
ResponderExcluirMe fez lembrar um poema que meu pai adorava, "Constantinopla" do poeta bizantino Konstantino Pulus .
Lindooooo, lindo minha amiga!
Aqui no seu blog, é um encontro dos deuses!!
Um abraço do tamanho do mundoooooooo!!!!
apaixonantes palavras que entram em nós como um sentimento para ficar
ResponderExcluirum beijo
boa semana
Uam divagação que arrasta as imaginações alheias para um universo muito peculiar... :)
ResponderExcluirUm beijinho!
constantinopla... la esencia que buscamos del mundo sugerente del pasado... entre los mil y un estambul actuales.
ResponderExcluirMaravilhoso de ler...deixa em nós um desejo enorme de partir também para Constantinopla, de braço dado com o Amor!
ResponderExcluirBeijos, minha linda.
Vim aqui matar a minha fome de "maçã de prata".
ResponderExcluirEstou sempre por aqui, embora nem sempre eu deixe você ciente disso.
Beijo.
Uma narrativa vibrante que nos prende da primeira à última linha!
ResponderExcluirQue bela história, Boquita! E ainda mais bela forma de contá-la. Amor em todas as suas formas sempre vai bem com poesia. Seja em noites indormidas ou sob a brilhnte luz de Contantinopla!
ResponderExcluirBeijos, queridona.
Constantinopla - um poema de "beleza incomensurável..." Amiga, nossa, mas você escreve muito bem. Amei este poema e fiquei te admirando em cada verso. Uma lindíssima viagem, um conto em poesia. Beijo
ResponderExcluirIstambul
ResponderExcluirConstantinopla
Ou Bizâncio
O mesmo eterno remanço
Próximo ao mar azul
Que a terras perpétuas se acopla
Para testemunhar tal avanço
Amor ímpar
A dançar
Com abenção dos ares da Capadócia...
Um bom ritmo neste poema!
ResponderExcluirE que bela é Constantinopla!
Saudações poéticas