no silêncio das coisas esquecidas
se inseriu uma breve história
daquelas bem transitórias
guardadas apenas numa única memória
que se encastela confortável
por entre as nuvens de poeira
numa pesada leveza
que desliza
por entre as prateleiras
como esferas de chumbo
empilhadas num mundo
que ninguém mais viu
só ela em seu costumeiro desprezo
pelas coisas vãs
ligações temporais
a tudo que é banal
e no girar mundo
gerar fé
rolar dadinhos
digerir conflitos
rasgar confetes
lançar foguetes
engolir saudades
despertar para a vida
deseja agora
apenas guardar esse silêncio que ocupa a alma
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Faz dois dias que eu só escuto essa canção: Simple Man, Lynard Skynard. É, eu escuto a mesma música, várias vezes, muitos dias... Experimenta!
Ahhhhh,Canto da Boca querida! Também deixo-me levar muitas e muitas vezes pela mesma canção. Tanto assim que meu pensamento fica impregnado e quando quero domá-lo, lá vem a mesma antiga canção.
ResponderExcluirO nosso eterno Drummond que se recusava em se eternizar, já nos dizia em versos:
"De tudo fica um pouco..."
Em cada fundo de gaveta. Em cada fresta de janela. Sempre, sempre haverá a poeira da memória para nos acalmar, ou pior, nos atormentar.
Hoje estou faladeira...deixa-me ir que se faz hora.
Sexta-feira, minha amiga, aproveite bem teu final de semana!!!Bjsss
Estou tentando ser um homem simples.
ResponderExcluirqué maravilloso este paso por tu casa, querida amiga, siempre es reconfortante leerte y saborear tus letras.
ResponderExcluirun abrazo fuerte.
e muitas vezes dizemos as mesmas coisas em outros textos, contextos.
ResponderExcluirficaste brava comigo,
te respondi com um poema
beijos
luis
Delicado é este seja bem vindo! Postar um comentario é coisa que já não faço há um tempo. Perdi o jeito. Só não perdi o prazer de ler e de gostar de te ler. Fica a vontade de despertar para a vida. Sempre. Engolindo ou assoprando saudades!
ResponderExcluirBeijo, querida. E um agradecimento grande pela amizade e carinho.
tão bonito :) a música essa não a conhecia ****
ResponderExcluirNo silêncio todas as sensações são mais intensas...
ResponderExcluirBeijos!
AL
Basta-me um pequeno gesto,
ResponderExcluirFeito de longe e de leve,
Para que venhas comigo
e eu para sempre te leve…
Cecília Meireles
beijinho
Eu me explico melhor no silêncio, meio que parafraseando Lispector.
ResponderExcluirE o silêncio ocupa a alma, que fica em calma.
Amadaaaaaaaa, como é bom te ler.
A música é lindaaaaa de viver.
Eu tbm sou assim: Ouço mil vezes rs
Um abraço apertado minha flor!!!!!
Minha cara, nós estamos sempre digerindo nossos conflitos e fazendo poesia, para dessa forma mostrarmos ao mundo a tradução de mundos particulares, que podem ser vistos através de belos poemas como este.
ResponderExcluirAdorei o blog e adorei os textos!
Quando tiver um tempo, dê uma passada no “Que letra é”, pois ficaria muito honrado pela sua visita. Se gostar, siga-nos!
http://queletra.blogspot.com/
Parabéns pelo trabalho e estou te seguindo!
Atenciosamente. Adriano MB.
Há coisas que voltam com o silêncio...
ResponderExcluir[Gosto de tudo o que leio por aqui:)]
Bjos
"No silêncio das coisas esquecidas"...é que a vida regressa, e se instala, sorrateira, nos olhos de quem não quer ver...
ResponderExcluirAbraço
estar feliz na pena leve dos dias, viver essas coisas simples, ser mas de nós no olhar comum do bem querer, a canção nos traz tantas lembraças
ResponderExcluirOi CB!
ResponderExcluir"Só ela em seu costumeiro desprezo/pelas coisas vãs/ligações temporais/a tudo o que é banal"
Lindo, lindo, lindo! E como costumo dizer "I can relate!"...
"deseja agora/apenas guardar esse silêncio que ocupa a alma"
Sim, quando o silêncio invade a alma parece que atingimos o transcendental..parece que chegamos a Casa!
Parabéns por produzires palavras que nos rasgam o ser para aí semear uma bela versão da Verdade.
Ah, amei a nova decoração ;)!
Beijosss
O belo deve ser repetido
ResponderExcluire recriado
Adorei a intensidade da escrita. Excelente cadência narrativa. ;)
ResponderExcluirFizeste um excelente poema.
ResponderExcluirGostei muito das tuas palavras.
Beijo, querida amiga.
Eu sei bem o quanto dói o esquecimento.
ResponderExcluirBeijo.
Rodrigo
Escreves (bem) pa car****
ResponderExcluirGosto sempre de passar aqui ...
Bjooo___Incongruente !