"Mal nos conhecemos
Inauguramos a palavra «amigo».
[...]
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
[...]
É a verdade partilhada, praticada"...
Alexandre O´Neill in Amigo, Poesias Completas. p 79
quando tudo se vai e a noite escura recai
manto negro
no vagar dos dias que virão
quando tudo é desolação
e os acontecimentos insolúveis
são por si a solução
quando tudo é entorpecimento
e a vida se esvai cumprindo o ritual
daquela passagem entre a terra e o firmamento
quando tudo foi plantado
no amor, na esperança e na fé
e o imponderável muda de nome
resta a espera, a sabedoria e a paciência
para saber que o outro tempo indelével
é chamado de eternidade!
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E o Filipe, sempre atento, e atenciosamente poético, diz:
O mistério de Ser permanece por desvendar (dizem)
Contudo, toda a profecia se escreve em verso
Como palavra-cifra a decifrar
"quando tudo é desolação
os acontecimentos insolúveis
são por si a solução"
Talvez o destino seja um espaço-tempo circular
Ou como escrevi uma vez,
«A eternidade é incertamente certa
Uma forma de promessa
Uma alterância inversa
Em controversa alteração»
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Olinda - XXVII - VII - MMXII
Os encontros são (talvez) o que de melhor pode nos proporcionar a vida, seja no âmbito familiar, dos amores e da amizade, toda vivência que não seja baseada em uma dessas três dimensões, torna-se efêmera. Tenho amigos que são mais valiosos que todos os tesouros do mundo.
António Zambujo, Foi Deus
Obrigado Val pela solidariedade demonstrada e sempre presente nestes momentos muito difíceis.
ResponderExcluirBeijo
Amigos são para todas as horas, Carlos, obrigada eu por desfrutar da sua amizade!
ExcluirBeijo!
poema que fala de coisas tristes, mas uma bela demonstração de amizade. essa é vc, Val
ResponderExcluirbj
Sim. Amizade é um bem precioso e raro, sabemos disso!
ExcluirBeijo!
;))
Quando tudo é ( ou antes parece ser ) desolação, e tudo coberto de negro...
ResponderExcluirLá virá uma luz ao fundo do túnel! Por vezes demora a chegar!
A companhia e a amizade são imprescindíveis nesses momentos.
Um abraço amigo!
M. Emília
Acredito nisso, Maria Emília, obrigada pelas palavras e pelo abraço amigo, receba o meu também!
Excluir;))
O mistério de Ser permanece por desvendar (dizem)
ResponderExcluirContudo, toda a profecia se escreve em verso
Como palavra-cifra a decifrar
"quando tudo é desolação
os acontecimentos insolúveis
são por si a solução"
Talvez o destino seja um espaço-tempo circular
Ou como escrevi uma vez,
«A eternidade é incertamente certa
Uma forma de promessa
Uma alterância inversa
Em controversa alteração»
Bjo.
Deve ser isso o que nos mobiliza rumo ao perigo da descoberta do Ser? Acredito na profecia versada, sobretudo, se vier de um poeta da tua lavra.
ExcluirSe o destino for um espaço-tempo circular, significa dizer que estamos construindo círculos na nossa caminhada? Será a eternidade uma promessa por se cumprir? Ah, meu caro poeta, me cinges de dúvidas e de perguntas!
Beijos!!
;))
Las partidas la mayoría de las veces son muy tristes, aunque hay algunas que se agradecen...
ResponderExcluirExcelente entrada.
Tienes razón, Balamgo. Gracias por las palabras y presencia!
ExcluirAbrazo!
;))
palavras sentidas ...
ResponderExcluira dor na partida (forçada)..
;(
(A vida, não é Piedade?)
Excluir:(
Quando tudo se torna eternidade é aquela mesmice. Melhor que não sejamos eternos, que vivenciemos as dores e prazeres que conhecemos. Meu beijo.
ResponderExcluirHá tantos mistérios nessa eternidade, desconfio, Jota Effe Esse, rs
ExcluirGrata pela presença, beijo!
;))
Estamos sempre a partir
ResponderExcluirE sempre a chegar n' algum lugar!
Excluir;))
'
ResponderExcluirHora di bai,
Hora di dor,
Ja'n q'ré
Pa el ca manchê!
De cada bêz
Que 'n ta lembrâ,
Ma'n q'ré
Fica 'n morrê!
Hora di bai,
Hora di dor,
Amor,
Dixa'n chorâ!
Corpo catibo,
Ba' bo que é escrabo!
Ó alma bibo,
Quem que al lebabo?
...'
Eugénio Tavares
Beijinhos, amiga.
Olinda
Uma palavra apenas: espetacular!
ExcluirBeijinho, Olinda, já, já vou ao Xaile, já ando com imensas saudades e um pouco mais de tempo!
;))
Estamos sempre a partir
ResponderExcluirE sempre a chegar...
Excluir;))
Estou em débito, Mariazita, mas irei lá sim, tão logo eu possa!
ResponderExcluirObrigada pelo convite, beijos!
;))
Tantas partidas que pensamos adiadas, e quantas vezes partimos sem nos apercebermos.
ResponderExcluirA amizade não é apenas companhia e este poema, mesmo falando de coisas tristes, deu-me alegria (porque há imenso tempo não conseguia entrar aqui.
Bjs
Alegria senti em vê-la aqui, Ana, sentida sua ausência, mas sempre compreensível!
ExcluirTenho estado ausente, um volume grande de trabalho, espero que eu tenha mais tempo e ler meus blogues queridos, aguarde-me, chego já para um chá!
Beijo!
;))
Quem me dera apanhar esse comboio que em vez da eternidade me levasse ao prazer.
ResponderExcluirE o que falta, Armando?
Excluir;)))
Não podia concordar mais.
ResponderExcluirVenham os encontros.
Beijos
Que se reencontrem, o amor é inquebrantável!
ExcluirBeijos!
;))