"Eu fêmea-matriz.
Eu força-motriz.
Eu-mulher
abrigo da semente
moto-contínuo
do mundo".
in the box horizontal - ruth bernhard
sou uma mulher de papel
dessas que leem livros, jornais e revistas
de papel
uma mulher dobrável
coloco meus sonhos
no papel
e guardo-o(s) no bolso
reúno notas que recorto
do papel
monto arquivos
pastas, coleciono histórias
também em papel
e me embriago
com as notícias e o cheiro
do papel
e como ele amasso
enrugo
e sou inscrita
em silenciosa leitura
um volume único
em mim mesma circunscrita!
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adriana capparelli canta, de papel (zeca baleiro e vanessa bumagny)
o silêncio quebrado pela melodia da poesia e da canção. excelentes escolhas
ResponderExcluirBeijinho
Obrigada, Ana. E cada um encontra a cadência do seu ritmo interno, não é mesmo?
ExcluirBeijinhos, prazer lhe rever aqui!
;)
Que lindo poema!
ResponderExcluirO que acho mais bonito no papel é que ele um dia foi árvore verdejante, teve seus ramos habitados por pássaros e enfeitados com flores. Depois transformou-se em lâminas, mas não morreu, continua vivo para que nele possa ser escrito a vida das pessoas, seus sentimentos e suas sensações e novamente ganhado vida.
Você imprimiu no papel virtual um lindo poema, de forma que ele teve orgulho de ter sido marcado por tua sensibilidade.
Semana maravilhosa para você!
O que comprova que podemos dar ressignificâncias/ressignificados a tudo que desejarmos nessa vida, não é mesmo Will?
ExcluirGostei imenso desse seu comentário poético, onde não esqueceste a ancestralidade do papel. Bom seria se pudéssemos reciclar todos aqueles dos quais não mais fazemos uso e poupar todas as árvores.
Obrigada por estares aqui, e lhe desejo igualmente uma semana criativa, produtiva e feliz!
;))
belo e suave desfolhar de página(s)...
ResponderExcluirbeijo
Que se pode ler e reler sempre que se desejar...
ExcluirBeijo, querido!
;)
Considero muito bom, este poema!
ResponderExcluirObrigado pela sua visita aos meus extraterrestres.
Bjsss
Consideração bastante relevante, Calado, vindo de um mestre!
ExcluirObrigada pela presença e o elogio!
Beijo!
;)
O verso e o tempo
ResponderExcluirInscritos em papiros
como corpo e memória
como palpável fragilidade
Bjo.
E a memória do corpo, mostrando ao tempo o que foi um dia escrito, e por ser da natureza dele, passa, corre e no entremeio, a nossa fragilidade tão tangível, perfeito, Filipe, perfeito!
ExcluirUm beijão!
;)
Ah, Val, o que dizer, meu Deus? Este é obra-prima! LINDO! LINDO! Tão lindo que nem sei mais o que dizer, só aplaudir! BRAVO!
ResponderExcluirBeijão.
Magna
Ah, Maga, Magníssima, Magnascote, eu também não sei o que dizer, só muito obrigada e tou com saudadeeeeee (esses desencontros, essas agendas tão cheias)!
ExcluirBeijão!!
;)
que bonito!
ResponderExcluirobrigada!
um beij
Obrigada eu, Pi!
ExcluirUm beijinho para ti!
;)
Minha querida
ResponderExcluirDois belos poemas...adorei o "eu mulher", duas palavras que têm a força de toda a complexidade e beleza do que é ser mulher plena.
Linda escolha como sempre.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
Vale a pena conhecer a obra da Conceição Evaristo, Sonhadora, é referente a todos nós.
ExcluirObrigada por estares aqui, um beijão!
;)
Parabéns,lindo poema este da Mulher de papel que antes de papel foi tronco, árvore, verde e abrilhantou a floresta com a sua beleza,gostei.
ResponderExcluirBeijinho
E vive tantas outras transformações e metamorfoses ao longo da vida, não é Carlos?
ExcluirPrazer te ver aqui no Canto!
Beijinho, querido!
;)
Olá canto - Interessa é não ser descartável:)!
ResponderExcluirBjo
Especialmente em um mundo onde quase tudo é plástico, não é mesmo, Álvaro?
ExcluirBeijo!
;)
Será que as mulheres de papel são melhores que as de carne e osso? rs
ResponderExcluirBeijo[ta]
Será, serão, hein, Jotinha?
ExcluirBeijos, querido!
;)
Numa vida tão carregada de bites, é sempre um alento celebrar o papel - livre e leve - da poesia.
ResponderExcluirParabéns!
Pois é, Tati, ainda sou do papel - apesar das árvores - poético.
ExcluirObrigada, por estares aqui!
;)