sempre amanhece

"Eu quero uma licença de dormir,
perdão pra descansar horas a fio,
sem ao menos sonhar
a leve palha de um pequeno sonho.
Quero o que antes da vida
foi o sono profundo das espécies"

Adélia Prado

imagem: arquivo pessoal

É como se o silêncio mostrasse o eco interior:
Nada. 
Não tem nada para mostrar.
Não restou nada.
Nem angústia.
Nem ausência.
Nem lágrima.

Nem saudade.
Nada.
Dor?
Nenhuma.
Não tem nada para contar.
Mas sobra coragem para entender que a vida dobra em cada esquina.
E sempre amanhece.

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São Luís, I- MMXIV

Ednardo, Ímã