"Se o homem se mantiver em harmonia com o Cosmo
todos os desequilíbrios deixam de existir."
Bodhidharmma
imagem pessoal
De quando em quando me pego pensando sobre os caminhos da vida.
E reflito como se fosse Deus que tivesse esvaziando e neutralizando meu olhar sobre tudo.
Me fazendo perder a capacidade de ver a beleza que me rodeia.
Como se uma uma certa opacidade cercasse o mundo.
Olho para a vida e tudo se converte em banalidade.
Sem lugar para a poesia.
Será?
A vida acontece.
Estamos nela.
Passamos por ela e temos mil maneiras de vivê-la.
De mudar.
Transformar.
De mudar.
Transformar.
Mas algumas situações permanecem.
Inalteradas.
Haverá conforto na permanência?
Em manter o vínculo, um fragmento qualquer que justifique o que um dia foi inteiro?
Um fio.
Qualquer fio.
Até de ilusão, serve.
Qualquer fio.
Até de ilusão, serve.
Qualquer coisa que mantenha a conexão.
Mas o que significa manter um vínculo?
Um ser simbolista vê em tudo um totem .
E mantraliza: não há mudança sem vontade.
Algumas vezes é nítido o desejo da mudança, mas não é sempre que se consegue mudar.
Porque no espaço entre o desejo e a realização existe um limbo.
Passado obnubilando o presente.
Passado obnubilando o presente.
Mudar é mais além da vontade.
Mudar é mais além da coragem.
Mudar é rompimento interno.
Mudar é cair no precipício.
Mudar é se abrir para o infortuito, para o desconhecido, para o inesperado.
Mudar é arriscado.
(Não mudar é mais arriscado ainda)
Mudar é a essência da vida.
O descaso é destrutível.
Há tanta gente desatenta por aí...
Atenção, a vida pede passagem!
Namastê!
Namastê!
Olinda, IX - I - MMXVI
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