"Mas se sou eu quem o sonho
posso dar-lhe o nome que quiser"
José Eduardo Agualusa in O Vendedor de Passados. p. 89
I
quando tu escultor
esculpes meu corpo em nuvens
me desfaço as formas
sou só paixão
II
não sei como chamar
esse desmaio que vivo
cada vez que lhe encontro
daí a razão de não acordar do passamento
III
a água da chuva não chega
para matar a sede
nem para levar
aquilo que é leve e mora no peito
IV
os olhos já em festa
quando lhe vejo por perto
quando lhe olho por dentro
quando me atiras a seta
V
quando acertas o alvo
quando tuas mãos me cercam
quando o jogo acaba
quando em mim desaguas.
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Veneza, XIX - V - MMIX
John Coltrane, Naima
Olá,
ResponderExcluirencantado pelo que li, nem a agua da chuva, consegue apagar o meu encanto.
A musica do John Coltrane é fabulosa.
Abraço
ag
Belo texto sobre paixão!!
ResponderExcluirAbraços.Sandra
Muito bom sobre o poder da paixão...que mata a sede e desagua sempre no coração.
ResponderExcluirBeijinho
Passando para te desejar uma ótima quinta!!
ResponderExcluirAbraços.Sandra
Quando se se fala de paixão o coração bate mais célere e isso é tudo o que preciso para voltar a ser maré viva...
ResponderExcluirPrazer em te ler...um beijo.
V momentos de um tempo construído como Verso
ResponderExcluir(corpo, voz, sede, olhar, culminar)
V Vezes sensual
(Todo o corpo é poema )
...
Um poema esculpido em inumerada tentação
Bjo.
Olá, voltei para lhe agradecer a sua sempre simpática visita ao meu blog.
ResponderExcluirAbraço
Belo poema sobre a Paixão , verdadeira fala nos sai do coração.
ResponderExcluirBelo, Beijo
Abraços querida!! Sandra
ResponderExcluirCom este jaze
ResponderExcluirvou ao fim do mundo
desvendo-te
Que bem escreves sobre o amor-paixão!!! É um imenso prazer ler-te!
ResponderExcluirUm grande abraço.
M. Emília
Un texto muy bello y una ilustración magistral.-
ResponderExcluirAbrazos.
Olá Cantinho, obrigada pelas palavras e pelo carinho!
ResponderExcluirAproveito para dizer que não tinhas lá deixado nenhum outro comentário, pois eu nunca o teria desperdiçado...
Um beijo.
Um poema repleto de sentimento com origem no cinzel do escultor, a terminar no sentimento.
ResponderExcluirSer escultor do próprio sonho
ResponderExcluirrocha moldada pela corrente
de mãos e pensamentos,
setas que acertam na mente.
beijinhos e um sorriso
gostei da mão do escultor e do sensualismo expresso no poema...
ResponderExcluir:)
Um corpo, um escultor, um amor em verso esculpido...Insaciável momento de leitura.
ResponderExcluirBjo, Canto da Boca :)