"E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
[...]
E por vezes
encontramos de nós em poucos meses
o que a noite nos fez em muitos anos"
figura: ismael nery
vida, movimento, inquietaçãoarrastando a alma
rasgando o corpo
por dentro um alargamento
dilatada, dilatando, rebentando
parindo-se
aparando
uma explosão
pouco espaço
mutação
anunciando
emitindo sons e sinais
novo tempo, outra estação!
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E o Filipe redimensiona como ninguém, o meu poeminha, com a sua magnífica sensibilidade e criação:
O Rasgo é andamento
A Dilatação é nascimento
A Explosão é recomeço
Todo tempo é compasso
todo o compasso é movimento
E os versos?
Os versos são sinais anunciando de novo o tempo.
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anunciação, alceu valença
É isso aí, Val, a vida segue: rasgando, parindo...mas segue sempre, independente dos viventes.
ResponderExcluirBeijão!
Magna
Ela é, à revelia da nossa vontade, não adianta espernearmos...
ExcluirBeijão, Magna!
;)
Esses versos podem ser usados para explicar o nascimento de uma estrela (supernova) no cosmo da imaginação...
ResponderExcluirE quem disse que não temos espaços siderais dentro de nós?
Ótima semana para você!
Belíssima perspectiva, Will!
ExcluirUma semana linda para ti também!
;)
inquietante...
ResponderExcluirbeijo grande!
Beijão, Pi!
Excluir;)
"...arrastando a alma, rasgando o corpo"...
ResponderExcluirIsso calou fundo hoje em mim talvez pq" por vezes as noites durem anos..."
Sempre é bom demais vir aqui.
Beijo.
É que certos acontecimentos independem da nossa vontade, têm uma vida tão própria...
ExcluirFico contente que gostes daqui, Caroline, volte sempre!
Beijão!
;)
Uma perfeita combinação...belíssima escolha... Amei isso, viu?
ResponderExcluirObrigada pelas tuas visitas...
Deixo um beijo terno.
É bom saber que gostas, Blue, obrigada igualmente!
ExcluirBeijão!
;)
re-lendo!
ResponderExcluirbeijo
Esse exercício sempre nos dá outras possibilidades, não é mesmo, Pi?
ExcluirUm beijão, querida!
;)
Maravilhosa e cativante postagem!
ResponderExcluirObrigada, Rui!
Excluir;)
ResponderExcluir'E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes por vezes ah por vezes
num segundo se evolam tantos anos'
Lindo, este poema de David M.Ferreira que aqui nos trouxeste, minha amiga.
O teu poema, apanágio do teu rico estilo, inquieta-nos e coloca-nos tantas questões... Gestação, nascimento? Novas ideias, mudanças, mutações, tais como as alterações da natureza...ou para além dela.
Bjs
Olinda
Eu particularmente gosto desse ciclo e círculo que é viver,esse renascer-morrer; germinar-brotar... As transformações que indubitavelmente sofremos, quando estamos abertos às emoções, à vida!
ExcluirUm beijão, Olinda!
O Rasgo é andamento
ResponderExcluirA Dilatação é nascimento
A Explosão é recomeço
Todo tempo é compasso
todo o compasso é movimento
E os versos?
Os versos são sinais anunciando de novo o tempo
Bjo.
Soberba a citação de David Mourão-Ferreira
Como sempre, Filipe, vais no cerne do poema. Sabes como ninguém, atravessar minhas emoções e perceber a "psicologia" do poema...
ExcluirBeijo!
;)
Muita inquietação, arrojo e mais um excelente poema:)!
ResponderExcluirBjo
Típico da minha natureza, Álvaro, e que bom que gostaste!
ExcluirBeijo!
;)
E assim quem sabe apresenta-se ao mundo o nascimento de uma Estrela.Belo,arrojado.
ResponderExcluirBeijo
E assim quem sabe apresenta-se ao mundo o nascimento de uma Estrela.Belo,arrojado.
ResponderExcluirBeijo
(quem sabe? quem sabe na hora da explosão exista um registro desse re-nascimento? obrigada, C.
Excluirum beijinho para ti!)
Belos Poema.
ResponderExcluirO Rasgo é andamento
A Dilatação é nascimento
A Explosão é recomeço
Julguei que era outra coisa, ou pelo menos levou-me para outro pensamento.
Beijinho
Gosto imenso dessas possibilidades que o poema nos dá... Cada um que o sente (que o lê), imprime a sua inferência, sua observação, sua carga emotiva, uma multiplicação de sentidos, e o poema se amplia, toma dimensões sequer imaginadas...
ExcluirObrigada pela presença.
Beijo!
;)
Santa Boca,
ResponderExcluirQue bela maneira de falar de uma transformação, daquelas que a alma pede e o corpo cumpre. Gostei da ausência do 'eu', da impessoalidade do verso, da separação entre o autor e o personagem. Este é um poema grande.
Dimas Lins
Foste ao cerne, Dimas (como sempre), a alma exige e o corpo atende, não têm outra saída...
ExcluirDentro daquilo que conversamos, sobre a universalização - deve ser por conta dos profundos mergulhos que dei em uma das obras do João Cabral, nessa última semana.
Abraço!
;)
Uma interpretação poética belíssima do fabuloso poema do David Mourão Ferreira.
ResponderExcluirA vida é mesmo tramada... mas há sempre um sorriso que nos espreita.
beijinhos,
A vida sempre convida, Manel, e só aceitarmos!
ExcluirBeijão, querido, Manel!
;)
Linda inter-ação.
ResponderExcluirbeijinho
Obrigada, Pérola!
ExcluirBeijinhos!
;)
É um novo tempo mesmo
ResponderExcluirPois sim, a vida sempre chama!
Excluir;)