"Qualquer um de nós já amou errado,
já odiou errado".
ernst ludwig kirchner - mulher com sombrinha
amei a tantos
todos, tolos, charlatões*
cafajestes,
todos, tolos, charlatões*
cafajestes,
mas nunca quis nenhum
amava-os em meu silêncio
e em minha ironia
sonhava-nos
e desistia
recolhia meus desejos e
deitava-os na sarjeta
e se iam, entulhos
nas enxurradas de fevereiro
inevitáveis como as
quartas-feiras de cinzas
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*admite mais de uma forma para o plural
XXII - II - MMXII
vinícius & toquinho, marcha da quarta-feira de cinzas
Que poema lindo e rico, e a imagem respirando sensualidade!
ResponderExcluirParabéns por tanta arte e bom gosto, minha amiga.
Beijos.
Baby, querida, fico feliz que tenhas gostado, apesar de ser uma mulher do verbo, há momentos em que quero dizer tudo, com menos!
ExcluirObrigada sempre pela sua presença sempre esperada!
Beijão!
;)
Aqui há enredo que encanta-me.
ResponderExcluirObrigada, Sahara, encanta-me, sobremaneira, sua presença também aqui no Canto!
ExcluirBeijinho!
;)
Como disse em Sementeiras, ainda estou a pensar...mas escreverei assim mesmo: no meio do pensamento. Creio que quando falamos sempre é no meio de algo, à medida que prosseguimos, se finaliza. Por isso, talvez também não dá pra antecipar finais, não dá pra saber o que deixaremos ir nas enxurradas, porque, muitas delas, somos nós mesmos que abrimos a porta do céu e não São Pedro.
ResponderExcluirAh, Val, este teu poema lembra amor de carnaval. A fantasia foi de bobo da corte(tolo), charlatão(mágico), cafajeste(malandro)? Que se vão todos descendo ladeira abaixo, pois. Depois tu sugeres subirem a ladeira da Misericórdia.
Beijo, minha amiga. Como vês, o meio do pensamento às vezes é um caos.
Magna
Obs.: esse teu asterisco, falando do plural me inibiu. Oxe! Depois faço um curso contigo, tá?
Sempre estamos em meio a algo, à alguma coisa, não é queridona? Um final em espiral, sempre dando outros inícios, outros caminhos, que encruzilhada é essa vida, rs.
ExcluirGostei imenso de tudo que falaste, em especial a categorização dos tipos, ou seriam arquetipos?
Eu tou rindo do seu comentário sobre o asterisco, é que vc sabe da minha obsessão sobre algumas coisas, esta, inclusive. Mas tadinha de mim, sou uma eterna e incansável aprendiz, o que poderia ensinar para essa potência que és???
Tenho até pena dos nossos ouvidos, no próximo telefonema e ou encontro.
Beijo, Maga, Mágica querida!
;)
E depois virão as águas de Março.
ResponderExcluirE finalmente, outros janeiros, fevereiros... Sequencialmente!
ExcluirObrigada pela companhia, Carlos!
;)
Refletivo sem dúvida :)
ResponderExcluirbj e bom fim de semana.
... e recorrente!
ExcluirBeijão, Rui, para ti também um maravilhoso final de semana. Obrigada pela sua presença sempre tão querida!
;)
... o outro lado do poema.
ResponderExcluirsensual e belo. sem remorso.
gostei muito.
beijo
"A vida é" tão curta "para ser pequena", não é M.?
ExcluirSem remorso, sem marcas sem mágoas, sem nada. rs
Um beijão, é sempre bom te ver por aqui no Canto!
;)
... mas outros há que nos vão alimentando a memória!!
ResponderExcluir... e a escrita, e o riso, e o viço, e o brilho, na retina, na pele! rs
ExcluirBeijão, Manel, obrigada por estares sempre aqui!
;)
Sempre haverá um alguém para dar um novo começo
ResponderExcluire um lindo fim .
Lindo poema !!
Um feliz Domingo beijos e beijos.
Evanir.
A começar por nós mesm@s, não é, Evanir?
ExcluirUm obrigada pela presença, a casa é sua, e pelos votos!
Beijão e um domingo maravilhoso!
;)
Muito legal, mas posso dizer um coisa sobre o asterisco? Acho que a gente não tem que ficar pedindo licença pra ninguém. Se a língua não oferece alternativa, cria-se; se oferece algo obsoleto, destrua-se.
ResponderExcluirA poesia nos dá essa liberdade, pois não é mesmo Fred?
ExcluirObrigada pela sensibilidade e pela visita!
;)
Lindo poema , minha cara!
ResponderExcluirVisite o http://poetasdemarte.blogspot.com
Veja a entrevista com Jair Lopes
Obrigada, Marcell, já fui, já li, preciso voltar, reler e então ter condições de articular algo. O Jair é um grande poeta!
Excluir;)
Em poucos versos traçou longos e vários caminhos que todos já percorremos. E nem precisa ser fevereiro para entrarmos nesse bloco e encontrarmos as máscaras que um dia haverão de cair. Talvez até nossas, porque não? A ilusão nos leva a estradas nem sempre de perfeita definição.
ResponderExcluirGrande beijo!
E você sintetizou-os todos, de forma magistral, Marilene!
ExcluirUm beijo grande e um prazer enorme ter você aqui no Canto!
;)
Neste Fevereiro ainda não fomos bafejados
ResponderExcluirpelos belos relâmpagos
mas tenho esperança
pelo guarda-chuva da senhora
Bj
Obrigada, Eufrázio, pelas palavras sempre emblemáticas e de forte teor poético, pela presença e pela esperança!
ExcluirBeijinho!
;)
Minha querida
ResponderExcluirEsta citação é um precioso alerta para estes percalços da vida, amar mal e odiar mal, que tantas vezes acontece... E a tela, belíssima; a sombrinha e a Bela. As tuas ilustrações são valiosas.
E então tudo faz sentido, a Bella Donna coleccionadora de amores que se vão nas enxurradas da vida e o seu esvaímento em pó tal como o vazio da quarta-feira de cinzas.(depois da folia vem a reflexão sobre a efemeridade da vida).
Adorei, como sempre! :)
Beijinhos
Olinda
Olinda, és de uma perispcácia e observação impressionante, seu olhar capta todas as miríades do poema, das ilustrações, da citação inicial, tudo, não lhe escapa nada, desses seus olhos cravados no coração, de vislumbrar detalhes que pareciam imperceptíveis. És de uma preciosidade sem tamanho!
ExcluirSua presença aqui me enche de alegria, e eu ando em falta com minhas leituras - estou numa corrida contra o tempo, que nem imaginas... Obrigada, viu?
Um beijo grande!
;)
Ola …
ResponderExcluirSabem…o que escrevo não é dedicado a ninguem em especial…
eu sou assim,uma story teller inremediavel…
apenas solto as frases que trago dentro do meu alforge mágico,
espalho as pelos ventos cosmicos do imaginário…
agrada me historias de amores impossiveis…
como a paixao do sol pela lua..que se tocam por momentos em espaços longinquos…
aprendi que a suprema utilidade das palavras não é servirem para designar coisas
,mas fazerem sonhar…eu sou a grande sonhadora…
a arquitecta da realidade.
Muitos pensam que sou poeta,lirica nas palavras que escolho…
mas não,porque poeta é aquela que parece pedir desculpa ás palavras,
porque ao usá-las sente que está a fazer com que percam a virgindade…
e o acto de escrever poesia transforma-se idealmente na reposiçao cirurgica
de uma virgindade perdida.Eu apenas sonho…e agarro esses sonhos…
porque neles…queridos amiga(o)s…sou verdadeiramente…livre.
Um agradecimento a todos os amigos
que me acompanham por aqui!
Um abraço!
Eu não peço desculpas,
Excluirnem perdão...
pouco me importa:
virgens ou não,
ou se ela é boa ou torta.
Só não pego as mortas
porque amo minha poesia
e não curto necrofilia.
forte.
ResponderExcluire depois das enxurrads de fevereiro, em março as águas lavam até a alma.
um beij
Pois! Uma reflexão que sempre fazemos, acharmos as respostas essa é a melhor parte! Tanto quanto a sua presença querida aqui, Pi!
ExcluirUm beijão!!
;)
são versos em cinza
ResponderExcluirironias do amor
partos de dor
Um poema em força (dura)
muito bem ilustrado no quadro e na bela citação inicial
Ironias da vida, talvez? O amor, ah, o amor, quando o é de fato (se é que o é de fato), existirá nele ironias?
ExcluirFiquei pensando, Filipe...
Um beijo e grata por sua presença sempre querida!
;)
são versos em cinza
ResponderExcluirironias do amor
partos de dor
Um poema cru e em força
muito bem ilustrado na tela e na bela citação inicial.
Bjo.
Apesar de semelhantes, distingui diferença em seu comentário, por isso achei bem, deixá-lo também, rs
ExcluirBeijo!
;)
Gostei muito do poema e se esses amores se iam pela a enxurrada da chuva é porqu falta já faziam . bjo
ResponderExcluirE se desejares visita-me
Boa noite
Carla Granja
http://paixoeseencantos.blogs.sapo.pt/
Ou talvez porque não tivesse outra alternativa, será? E que amores de carnaval, quase tempo terminam com ele?
ExcluirObrigada pela presença, Carla, irei visitá-la, claro!
;)
"Oh! Quarta-feira ingrata
ResponderExcluirChega tão de pressa
só pra contrariar!"
É só esperar mais 365 dias e começa tudo outra vez...
ExcluirObrigada pela presença, Lucas.
:)
Poema forte, debochado. Que mulher versátil.
ResponderExcluirBjs
Achas? Se não fosse tu, eu diria que tem aí, um tom de ironia.
ExcluirBeijos, Nego!
;)
Santa Boca,
ResponderExcluirO que andei perdendo por aqui. Sinceramente, acho que é um de teus melhores poemas. Poema é difícil de comentar e a gente prefere ficar aqui bebendo os versos. Inevitável não lembrar da Geni, da Ópera do Malandro, de Chico Buarque de Hollanda.
Dimas
E mais ainda de responder a um comentário seu, Dimas, sempre tão analítico, minucioso, perspicaz...
ExcluirO Chico bem poderia ser o fundo musical de todos os meus poemas, rs
Muito grata pela sua presença, ainda mais sabendo seu tempo.
Abraços, Dimas!
;)