sábado, 9 de janeiro de 2010

Aquela Promessa de Eternidade

(imagem recolhida da internet)

e aquela promessa de eternidade
assinalada em cada toque
soprada em cada nota
nas noites de ventos brandos

nas festas dos sentidos
no desenho dos sonhos
no estremecimento dos abraços
repletos extasiados

nas trocas de segredos
nas solidões repartidas
nos olhares de sorrisos
enamorados narcisos

eis que de repente se faz
um mundo em vertigens
pesares e silêncios
uma urgência de sangue

um trajeto sombrio
prisioneiros em lembranças
sobrepujaram a poesia
e nessa infinda agonia

restaram-lhes apenas os dias
que se levantam estilhaçados
pela falta das palavras
já destituídas da ternura

em outras vias obscuras
abismos de presenças
desde a cruel sentença
caminhantes de distintas cidades

para a saudação da efemeridade!

Tá na tecla repeat: Chris Isaac, Wicked Game, essa música faz algum sentido para você? Mas para mim é para além da memória. Aliás, a vida nunca é dotada de sentidos... Tarefa nossa encontrar algum.





20 comentários:

  1. Está escorrendo arte bem ali, no canto da boca!

    Gratíssimo pelo comentário no metro quadrado das artes.

    Seja sempre bem-vinda!

    Estive também por aqui na promessa da eternidade.

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  2. Gostei muito deste espaço.
    Voltarei.

    Obrigado pela visita.

    Saudações

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  3. Querida amiga!

    Estava com saudades desse espaço tão você. Passo para lhe desejar um abençoado 2010. Obrigada pelo carinho e pela amizade. Suas palavras fazem parte das melhores coisas que me aconteceram nos últimos meses. Para mim tão preciosas.

    Abraço da Ila

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  4. Estamos sempre na trilha da nossa eterna busca.
    Cadinho RoCo

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  5. Querida... este poema é um desnudar de alma!!!


    Beijos...
    AL

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  6. As promessas de "para sempre" enquanto dure, já dizia outro poeta.
    Dito aqui, parece mais doloroso, embora (e)ternamente lindo.
    Beijo

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  7. Belíssimo poema, gostei imenso de o ler.

    Beijos.

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  8. Amiga...

    conflitos agudos
    do ser e não saber
    sentidos que se perdem
    relações agoniadas
    solidão esquecida
    e a vontade
    aquele grito surdo
    que se faz presente
    no pesar do silêncio
    que se impõe pelo sofrimento
    promessas?... quem sabe dizer?
    eternidade?... talvez.

    Belíssimo o seu poema.

    Abraços*

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  9. eternamente belas estas palavras
    um beijo

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  10. Amiga, permita-me cair no lugar comum e repetir o Poetinha:
    "Que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure..."

    Olho pela minha janela, tarde quente de alto verão, as ramagens se enroscando nas grades...nem quero, nem posso questionar. Não há permanência em nada, é a Lei.

    Belo Canto ouvi da sua Boca!!!
    Estava a precisar!!!Bjsss
    (vídeo belíssimo)

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  11. vim matar saudade depois de meses de ausência...um beijo saudoso

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  12. Bom dia!

    Promessas... Podem soar
    Acabadas... Frustradas
    Até que finda
    In (feliz).

    Versos marcantes, profundos, intensos!

    Ótima semana!

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  13. Tempo e distancia... esses dois ingratos do amor. É difícil quando nos damos conta de que nada é para sempre, nem nós mesmos... O importante é viver cada momento, intensamente, dotar cada minuto de sentido, e sei que isso você sabe fazer bem! Desejo muita força e paz nesses nossos eternos recomeços!

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  14. ººº
    Bonito o que por aqui se escreve.

    Bom f-d-s

    BjOOS

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  15. Wicked Game, uma musica que diz muito sobre os segredos.
    Obrigado pela visita e comentario. Vou seguir este teu/nosso espaço.
    Abraço Uivante

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  16. Lindo! Amo esse espaço, mesmo sumindo da net de vez em quando.
    Vc é mto talentosa! =)

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  17. Promessas há muitas...
    Belo poema, querida amiga.
    Bom Domingo.
    Abraços.

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  18. Os amores se acabam com a dor da promessa não cumprida... Fico cá a pensar o que nos faz ainda sempre prometer e, pior, sempre acreditar...
    Bateu fundo, mana. Um perigo para as saudades.
    Beijos!

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  19. Lindoooooooooooo...
    profundo neh... mas assim que eu gosto.
    bjos e escreve mais
    exijo hehe

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