pedra bruta
fincada no peito
sentimento brutal
escorre fino
suor e sangue
punhal
olhos em transe
dilatadas pupilas
trêmulas carnes
narinas tensas
pele em fogo e brasa
alarde
pedra bruta
recalcitrada
olhos de chuva rumo ao céu
destino endurecido
um risco
cinzel
ainda intensos
despedaçados nos caminhos
nada esgota: esperança e dor
soltos um do outro
distância e desalinho
mas da pedra sempre há de brotar uma flor!
Trago Vadú (morto recentemente num acidente de carro, na Ilha por adoção, Santo Antão - Cabo Verde), cantando Preta, sintam e conheçam um pouco mais de Cabo Verde.
Mais sobre Vadú, aqui:
http://odiaquepassa.blogspot.com/2010_01_01_archive.html
http://faialomito.blogspot.com/2010/01/vadu-um-jovem-musico-caboverdeano-de-33.html
É... espero que essa flor brote logo.
ResponderExcluirMuito lindo. Do tipo que dói de pensar.
Beijo pra minha flor!
Tetete!
Queriiiiidaaa, tava muuito em falta aqui. E você desapareceu né? Meu Deus que abandono, era sempre tão bem vinda. Você como sempre, dando show de poesia. Sempre há de botar uma flor, sem dúvida, seja a pedra qual for.
ResponderExcluirUm beijo de coração!
:*****
E a pedra floresceu nas palavras do poema!
ResponderExcluirBeijosss
AL
A foto transporta-me. A flor inspira-me.
ResponderExcluirOlá Canto da Boca
ResponderExcluirAté de quem se pensa ser seco... rude...
Brota o mais lindo... o sentimento...
Se há a distancia... o sofrimento...
Mas de um fio... a esperança...
Germine flor desce peito cansado de ser pedra!
Sabe que em mim aos poucos cultivo o amor? Pois é. Também aconteceu comigo.
Bjuxxx e xerooo
Muito lindo é essa Flor aqui, sentindo junto e não poderia ser de outra forma, afinal, sabe tanto e tudo de mim que ajuda na rega da flor mais bela que está por vir!
ResponderExcluirTetetetetetetete, forever!!
Beeijo!!
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Érica!
Menina umas tarefas aí bacanas me mantendo para lá de ocupada. Mas agora com uma pequena folguinha e cá estamos. Daqui a pouco passo lá, que é um lugar que eu gosto muito de estar, viu?
Poizé, a flor é uma espécie tão resistente, que desafia a bruteza da pedra e floresce lá também.
Um beijinho!!
P.S.
Também senti sua falta
;-)))
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A.S.
Uma pedra grávida de poesia e nem sequer sabia, não é mesmo?
Fico feliz com sua presença no Canto.
Beijos!
Lobo,
ResponderExcluirQue bom que o escrito e a imagem lhe inspiram e lhe transportam. Que a viagem seja bela quanto a gentileza da sua presença aqui no Canto.
Abraço!
;-)
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Não é mesmo Juliana Carla? A vida é esse eterno re-florescer, esse eterno surpreender. Tão "meirelesiana": aprendermos com a natureza, as dores do corte, e com a mesma dor, renascer e voltar sempre inteira.
Muito legal você aqui, gosto imenso da sua interferência.
Beijinhos!
Ainda não conheço Olinda. Um amigo foi pra lá agora no carnaval. Quero saber as histórias.
ResponderExcluireste blog é muito interessante!!
um beijo
Amiga,
ResponderExcluirVadú renascerá sempre. A cada pedra, a cada criança de mãos sangrando sempre haverá um canto triste,um canto de boca a entoar um lamento que ecoará pelo planeta.
Obrigada por tanta beleza e sensibilidade que nos transmites!!!
Adoro estar aqui!!!Bjss
e as tuas palavras são flores perfumadas
ResponderExcluirum beijo
Oi CB,
ResponderExcluirBeleza, beleza e mais beleza é o que me vem à mente quando leio o teu poema (sim, porque li duas vezes). As palavras são contundentes, mas ao mesmo tempo curativas.
Menina, nunca cessas de me surpreender: obrigada :D!
Mil beijos lindona!!
Adorei! Muito belo.
ResponderExcluirGrande abralço.
Olá Canto da Boca
ResponderExcluirQuem diria que da pedra pode nascer uma flor, simplesmente fantastico este poema e foto claro é realmente inspirador. Adorei
Beijinho
Mina do cara,
ResponderExcluirSuper legal sua presença aqui.
Olinda e Recife fazem um carnaval sem igual, como todos os demais carnavais, nos demais redutos do país... A singularidade dele, é a manifestação genuína da alefria, da fantasia de cada folião, um carnacal que não é segregador, antes, é democrático e agregador, não se paga para sair em blocos, não há cordão de isolamento, elém da diversidade cultural durante todo o tempo, vale a pena conhecer.
Um beijão e volte sempre, sua presença enriquece o Canto!
;)
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Vanuza, você é sempre poesia, até mesmo quando comenta meus singelos versos, a carga de amizade, emocionalidade e gentileza, extrapola a virtualidade e me chega como uma lufada de ventos bons carregados de ótimos presságios. Sim, Vadu renascerá sempre, em cada um/a que vive e sonha em seu (nosso) Cabo Verde mui querido.
Um beijo grande, queridona, o Canto sempre fica em festa quando por cá estás.
Um domingo lindo para ti!
;)
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Um minuto, e a vida floresce, bela, colorida e esperançosa! Obrigada pela sua sempre amiga e carinhosa presença no Canto, querida, além das interferências poéticas e cheias de delicadezas!
Um beijão!
Max!!!
ResponderExcluirUma alegria imensa ter-te comigo, sim, tenho-a sempre no coração e em vibração por você feliz sempre, afinal és uma pessoa tão doce e ao mesmo tempo enérgica (basta ver seus textos no Etnias); amiga, gentil, sensata...
Fico imensamente feliz com sua sempre presença no Canto, valorizando esse espaço e interagindo conosco.
Sim as palavras doem, ferem, sentimentos estampados, mas elas também saram, curam...
Um beijãozoa e um domingo lindo para ti!
;)
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Tropeços,
obrigada pela visita, tropece sempre por aqui, é um prazer interagir contigo.
Um beijo e ótimo domingo!
;)
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Vou passar lá, Juliana Carla, obrigada pelo convite e pela presença no Canto!
Beijãozão e ótimo domingo!!
António,
ResponderExcluirpois não é que a vida está sempre a brotar? Um pouco em consonância com o teu poema "Fado de um coração descompassado", e assim a vida persiste e nós também, não é mesmo?
Obrigada pela visita no Canto!
Òtimo domingo e um beijinho!
Lindo esse poema! De um sofrimento resignado e de uma esperança reconfortante - na medida do possível...
ResponderExcluirE a flor, a flor nascendo da pedra, é um inscrito; um mistério que a vida não nos cessa de revelar. Um acerto sem razão, tal qual um mito. Da dureza do não, brota o delírio do sim.
Que legal poder voltar a te ler.
A força da frágil flor.
ResponderExcluirNo meio de pedras duras nasce um flor.Isso quer dizer que ainda devemos acreditar em Deus.
ResponderExcluirUm beijo amiga.
reli...voltei a ouvir e saí encantada
ResponderExcluirum beijo
Josias,
ResponderExcluirBacana a sua presença no Canto (o prazer é meu em tê-lo por lá, junto com a sua luxuosa e profunda análise do meu despretensioso poema), porque tens a exata medida do que desejo tocar, revelar; porque existe o imponderável na vida, e dele nenhum de nós estamos a salvo, nem mesmo os deuses e deusas se livram... De fato a Flor Inscrita na Pedra, é uma vida que a poesia revela.
Obrigada eu pela delicadeza da leitura.
Abraço.
;)
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A força e a beleza da frágil flor, obrigada pela reciprocidade e simpática visita, Anna Flávia, volte sempre, será um prazer tê-la no Canto.
;)
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Martha, muito bom te ver aqui no Canto, lindona! Pois é, essa beleza inexplicável que é a natureza, quiçá uma obra prima de Deus!
Beijão!
Um minuto, um retorno significa o desejo de rever algo, e que bom que foi por e para se reencantar, obrigada pela sempre doce presença.
ResponderExcluirBeijinhos!
;)
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Poeta Mauro Rocha,
Assim que possível passarei lá no novo espaço, mandarei um texto, interagirei contigo, com o espaço e com os demais.
Abraço!
;)
AS FLORES NASCEM ATÉ NOS LUGARES MAIS ESCUROS DA NOSSA ALMA.É O MILAGRE DE EXISTIR, DE AMAR, DE SER AMADO.
ResponderExcluirBEIJOS AMIGA.UMA BOA SEMANA PARA VOCÊ