segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Pedra Bruta

(imagem dos arrebaldes da Residência Universitária Alberto Amaral - Porto - Portugal)

pedra bruta
fincada no peito
sentimento brutal
escorre fino
suor e sangue
punhal

olhos em transe
dilatadas pupilas
trêmulas carnes
narinas tensas
pele em fogo e brasa
alarde

pedra bruta
recalcitrada
olhos de chuva rumo ao céu
destino endurecido
um risco
cinzel

ainda intensos
despedaçados nos caminhos
nada esgota: esperança e dor
soltos um do outro
distância e desalinho
mas da pedra sempre há de brotar uma flor!

Trago Vadú (morto recentemente num acidente de carro, na Ilha por adoção, Santo Antão - Cabo Verde), cantando Preta, sintam e conheçam um pouco mais de Cabo Verde.

Mais sobre Vadú, aqui:

http://odiaquepassa.blogspot.com/2010_01_01_archive.html

http://faialomito.blogspot.com/2010/01/vadu-um-jovem-musico-caboverdeano-de-33.html








23 comentários:

  1. É... espero que essa flor brote logo.
    Muito lindo. Do tipo que dói de pensar.

    Beijo pra minha flor!
    Tetete!

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  2. Queriiiiidaaa, tava muuito em falta aqui. E você desapareceu né? Meu Deus que abandono, era sempre tão bem vinda. Você como sempre, dando show de poesia. Sempre há de botar uma flor, sem dúvida, seja a pedra qual for.
    Um beijo de coração!
    :*****

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  3. E a pedra floresceu nas palavras do poema!


    Beijosss
    AL

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  4. A foto transporta-me. A flor inspira-me.

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  5. Olá Canto da Boca

    Até de quem se pensa ser seco... rude...
    Brota o mais lindo... o sentimento...

    Se há a distancia... o sofrimento...
    Mas de um fio... a esperança...

    Germine flor desce peito cansado de ser pedra!

    Sabe que em mim aos poucos cultivo o amor? Pois é. Também aconteceu comigo.

    Bjuxxx e xerooo

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  6. Muito lindo é essa Flor aqui, sentindo junto e não poderia ser de outra forma, afinal, sabe tanto e tudo de mim que ajuda na rega da flor mais bela que está por vir!

    Tetetetetetetete, forever!!

    Beeijo!!

    ______________________

    Érica!

    Menina umas tarefas aí bacanas me mantendo para lá de ocupada. Mas agora com uma pequena folguinha e cá estamos. Daqui a pouco passo lá, que é um lugar que eu gosto muito de estar, viu?
    Poizé, a flor é uma espécie tão resistente, que desafia a bruteza da pedra e floresce lá também.

    Um beijinho!!

    P.S.
    Também senti sua falta
    ;-)))

    ____________________

    A.S.

    Uma pedra grávida de poesia e nem sequer sabia, não é mesmo?
    Fico feliz com sua presença no Canto.

    Beijos!

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  7. Lobo,

    Que bom que o escrito e a imagem lhe inspiram e lhe transportam. Que a viagem seja bela quanto a gentileza da sua presença aqui no Canto.

    Abraço!

    ;-)

    __________________

    Não é mesmo Juliana Carla? A vida é esse eterno re-florescer, esse eterno surpreender. Tão "meirelesiana": aprendermos com a natureza, as dores do corte, e com a mesma dor, renascer e voltar sempre inteira.
    Muito legal você aqui, gosto imenso da sua interferência.

    Beijinhos!

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  8. Ainda não conheço Olinda. Um amigo foi pra lá agora no carnaval. Quero saber as histórias.

    este blog é muito interessante!!

    um beijo

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  9. Amiga,
    Vadú renascerá sempre. A cada pedra, a cada criança de mãos sangrando sempre haverá um canto triste,um canto de boca a entoar um lamento que ecoará pelo planeta.
    Obrigada por tanta beleza e sensibilidade que nos transmites!!!
    Adoro estar aqui!!!Bjss

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  10. e as tuas palavras são flores perfumadas
    um beijo

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  11. Oi CB,

    Beleza, beleza e mais beleza é o que me vem à mente quando leio o teu poema (sim, porque li duas vezes). As palavras são contundentes, mas ao mesmo tempo curativas.

    Menina, nunca cessas de me surpreender: obrigada :D!

    Mil beijos lindona!!

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  12. Olá Canto da Boca

    Quem diria que da pedra pode nascer uma flor, simplesmente fantastico este poema e foto claro é realmente inspirador. Adorei

    Beijinho

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  13. Mina do cara,

    Super legal sua presença aqui.
    Olinda e Recife fazem um carnaval sem igual, como todos os demais carnavais, nos demais redutos do país... A singularidade dele, é a manifestação genuína da alefria, da fantasia de cada folião, um carnacal que não é segregador, antes, é democrático e agregador, não se paga para sair em blocos, não há cordão de isolamento, elém da diversidade cultural durante todo o tempo, vale a pena conhecer.

    Um beijão e volte sempre, sua presença enriquece o Canto!

    ;)

    ______________________________

    Vanuza, você é sempre poesia, até mesmo quando comenta meus singelos versos, a carga de amizade, emocionalidade e gentileza, extrapola a virtualidade e me chega como uma lufada de ventos bons carregados de ótimos presságios. Sim, Vadu renascerá sempre, em cada um/a que vive e sonha em seu (nosso) Cabo Verde mui querido.

    Um beijo grande, queridona, o Canto sempre fica em festa quando por cá estás.
    Um domingo lindo para ti!

    ;)

    ________________________________

    Um minuto, e a vida floresce, bela, colorida e esperançosa! Obrigada pela sua sempre amiga e carinhosa presença no Canto, querida, além das interferências poéticas e cheias de delicadezas!

    Um beijão!

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  14. Max!!!

    Uma alegria imensa ter-te comigo, sim, tenho-a sempre no coração e em vibração por você feliz sempre, afinal és uma pessoa tão doce e ao mesmo tempo enérgica (basta ver seus textos no Etnias); amiga, gentil, sensata...
    Fico imensamente feliz com sua sempre presença no Canto, valorizando esse espaço e interagindo conosco.
    Sim as palavras doem, ferem, sentimentos estampados, mas elas também saram, curam...

    Um beijãozoa e um domingo lindo para ti!

    ;)

    ___________________________

    Tropeços,

    obrigada pela visita, tropece sempre por aqui, é um prazer interagir contigo.

    Um beijo e ótimo domingo!

    ;)

    ____________________________

    Vou passar lá, Juliana Carla, obrigada pelo convite e pela presença no Canto!

    Beijãozão e ótimo domingo!!

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  15. António,

    pois não é que a vida está sempre a brotar? Um pouco em consonância com o teu poema "Fado de um coração descompassado", e assim a vida persiste e nós também, não é mesmo?
    Obrigada pela visita no Canto!

    Òtimo domingo e um beijinho!

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  16. Lindo esse poema! De um sofrimento resignado e de uma esperança reconfortante - na medida do possível...
    E a flor, a flor nascendo da pedra, é um inscrito; um mistério que a vida não nos cessa de revelar. Um acerto sem razão, tal qual um mito. Da dureza do não, brota o delírio do sim.

    Que legal poder voltar a te ler.

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  17. No meio de pedras duras nasce um flor.Isso quer dizer que ainda devemos acreditar em Deus.
    Um beijo amiga.

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  18. reli...voltei a ouvir e saí encantada
    um beijo

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  19. Josias,

    Bacana a sua presença no Canto (o prazer é meu em tê-lo por lá, junto com a sua luxuosa e profunda análise do meu despretensioso poema), porque tens a exata medida do que desejo tocar, revelar; porque existe o imponderável na vida, e dele nenhum de nós estamos a salvo, nem mesmo os deuses e deusas se livram... De fato a Flor Inscrita na Pedra, é uma vida que a poesia revela.
    Obrigada eu pela delicadeza da leitura.
    Abraço.

    ;)

    ____________________

    A força e a beleza da frágil flor, obrigada pela reciprocidade e simpática visita, Anna Flávia, volte sempre, será um prazer tê-la no Canto.

    ;)

    ______________________

    Martha, muito bom te ver aqui no Canto, lindona! Pois é, essa beleza inexplicável que é a natureza, quiçá uma obra prima de Deus!

    Beijão!

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  20. Um minuto, um retorno significa o desejo de rever algo, e que bom que foi por e para se reencantar, obrigada pela sempre doce presença.

    Beijinhos!

    ;)

    _______________

    Poeta Mauro Rocha,

    Assim que possível passarei lá no novo espaço, mandarei um texto, interagirei contigo, com o espaço e com os demais.

    Abraço!

    ;)

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  21. AS FLORES NASCEM ATÉ NOS LUGARES MAIS ESCUROS DA NOSSA ALMA.É O MILAGRE DE EXISTIR, DE AMAR, DE SER AMADO.
    BEIJOS AMIGA.UMA BOA SEMANA PARA VOCÊ

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Prazer tê-lo/a no Canto, obrigada pela delicadeza de dispor do seu tempo lendo-me. Seja bem-vindo/a!

Gaza

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