sexta-feira, 9 de maio de 2014

Viver é coisa de profissional

"Mesmo que não se tenha a mais pequena sensibilidade às diferenças individuais,
a pessoa contudo trata os outros com a sua maneira própria."
Franz Kafka in Diário (07 Ago 1914)
 imagem: arquivo pessoal

Viver não é coisa de amador, exige grande esforço e sabedoria. 
Não é matéria fácil administrar fragilidades, inseguranças e humores, os nossos e os alheios. Requer disponibilidade para o (in)fortuito, para a adversidade, e todo o inexorável da vida. 

"Coragem e covardia é um jogo que se joga a cada instante", e não é exterior ao humano. 

A distração em algumas situações é a liberdade; noutras, a prisão. A palavra inaudita, engolida, nem sempre é a melhor saída. O silêncio disfarçado de polidez é tão fatal quanto uma grosseria proferida. O que não se diz, pode algumas vezes chegar como se tivessem magoado uma ferida, e até estancar o sangue do equívoco... Que eternidade é a aprendizagem!

Medir o sentimento e a subjetividade alheia é perigoso, é como um texto mal traduzido. Nem tudo é "visível a olho nu".

Viver é coisa de profissional, não tem espaço para ensaio. É o eterno devir do desacerto & organização; da fé & compreensão; da fraqueza & obstinação. Existir demanda bravura, desassombro e *uma dosagem de candura*!

*Contribuição do meu amigo Rogério Robalinho. Grata! ;))


Recife, VIII - V - MMXIV

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