
Ela insistia em nao ver a face que se recobria
Dia e noite, noite e dia
Um após o outro
Em mil se distorcia
Duas mil vezes iludia
Lágrimas difusas
Juras confusas
Insídia teatro
Obtuso.
Pedia uma coisa
Outras lhe foram dadas
Pôs-lhe aos pés a vida
Renegou-a.
Obrigou-a a romper com os sonhos
Confrontou-a
Sangrou-a.
Não há nada mais que se possa ver.
Fazer.
Recolher.
Catar memórias
Histórias
Banalizadas
Jogadas ao chão
Guardanapo de papel
Solidão.
Tirada do fundo do baú. O tempo perdeu-se na memória. Ah, que doce mistério é viver.