"Remeta-me os dedos
em vez de cartas de amor
em vez de cartas de amor
[...]
Repito:
Se meta na minha vida
outra vez meta
Remeta".
Se meta na minha vida
outra vez meta
Remeta".
cortesã - ismael nery
quero aquela cotidiana dose
de veneno
escarlate como vinho tinto
vermelho como sangue
doce como a vingança
aquela dose quente, carmim
que escorre - víbora -
disfarçada, malemolente
macia e rápida pelo canto da boca
e se aloja à espreita
ávida
certeira do bote
da vítima
do beijo
porque hoje eu te quero
meu desejo estrangulado
peçonha
alucinado
diante do mundo disfarçado
no peito guardado
mas para ti anunciado
------
Olinda - XIX - VI - MMXIII
george michael, careless whisper...
Mais um belo poema Canto.
ResponderExcluirSobre uma pequena dose de veneno....mas não gosto de vinganças ....
Beijo
Tampouco eu, ainda bem que tudo são apenas metáforas! :))
ExcluirBeijos, JPoeta!
;))
O vermelho é pavio da paixão...
ResponderExcluirbeijinho
Paixão que incendeia, como o fogo! rs
ExcluirBeijinho!
;))
o poema é bonito, mas
ResponderExcluirMas??
ExcluirBeijo, Rodrigo!
;))
Cumpram-se os impossíveis
ResponderExcluirCumpram-se!
Excluir;))
doce veneno - letal!
ResponderExcluirbeijo
Letal e certeiro!
ExcluirBeijo!
;))
Um poema com veneno de saber poético, que apreciei!
ResponderExcluirBjsss
Obrigada, Calado, a sua apreciação é sempre uma alegria!
ExcluirBeijo!
;))
Olá,um poema Val que nos narra revolta,vingança e vontade auto destruição.Que o respeito e compreensão prevaleça e devolva a paz.
ResponderExcluirNa verdade, Carlos, perceber um poema passa pelo campo da subjetividade, nessa perspectiva, não vi o que viste, o que descreves; é mais o desejo, uma vontade indômita, um sentimento que não devia brotar, e teimoso, resiste. Mas cada olhar e interpretação, multiplica o texto, obrigada pela sua inferência.
Excluir;))
profundo e com aromas de vingança...
ResponderExcluir:(
Com sabor de paixão, sim, mas a vingança é só metáfora, Piedade!
Excluir;))
Mais um dos seus poemas interessantes, Boca, e também irônico, você brinca com as palavras, com os sentimentos e com as intenções.
ResponderExcluirBeijo.
Perfeito, Sylvia, ironia e experimentação, eis a tônica do poema!
ExcluirBeijo!
;))
ResponderExcluirNum escarlate equilíbrio
o verso oscila entre lâminas
rasgando na palavra dura
a dor que se anuncia
sem antídoto
Forte e impressivo
daqueles que se sente provindo de dentro
Bjo.
Entre as vísceras
Excluirexpostas pelos dilacerantes
cortes das lâminas
da intempestiva paixão
que não sara
que não têm antídoto.
Bela interpretação, Filipe, como sempre!
Beijo!
;))
Não será precisamente esse o problema, viver num mundo disfarçado?
ResponderExcluirBeijinhos!
Talvez, Alexandra, mas algumas situações são tão óbvias, que parecem disfarces, rs.
ExcluirBeijinhos!
;))