"(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído,
No papel abandonado)"
madalena arrependida - caravaggio
enquanto eu:
aérea
alheia
ausente
delicada e frágil
era:
distância
espuma
semente
e a noite luzia:
estrela
brilhante
fugidia
e no outro dia
na noite seguinte
e por tantas outras
luas
espada de sangue
em fino fio
a letra a
em sua lâmina
se inscrevia!
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e a Piedade fez esse comentário-poema, apreciem-no:
a amizade vem
e entranha
fica
vem e não se faz anunciada
se é amizade verdadeira vai ficando
vai crescendo
vai florescendo
amizade é dar
não espera nada em troca
amizade é um estado
é um sentimento
amizade não desilude
fica só pelo prazer de ser
amizade.
numa noite qualquer de saudades em Olinda.
cristina branco, não há só tangos em paris
a letra a pode dizer várias coisas é claro.
ResponderExcluirgostei do teu poema.
e como já te tinha dito a letra a pode ser a de amizade e
a amizade vem
e entranha
fica
vem e não se faz anunciada
se é amizade verdadeira vai ficando
vai crescendo
vai florescendo
amizade é dar
não espera nada em troca
amizade é um estado
é um sentimento
amizade não desilude
fica só pelo prazer de ser
amizade.
beij
Muito bem dito, Pi, a amizade é tudo isso sim, e não importa a circunstância do encontro, mas quando se encontra, e ela também está além mar e aquém mar, rs
ExcluirBeijo, querida!
;)
O fantástico surge quando não estamos atentos, tudo se dilui numa letra ao luar.
ResponderExcluirDifícil comentar quando não se é poeta, admiro a força da lua e das letras.
Obrigado pelo comentário que acaba por dar continuidade ao tema.
Esta pagina está muito bem estruturada. Pelo empenho e dedicação, aceita um beijo e abraços.
Acredito que o fantástico é esse inesperado que nos cerca todo o tempo, mas nem sempre estamos atentos para percebê-lo, até que um dia... Até que um dia acordamos para esse belo.
ExcluirBeijo!
;)
Olá CB,
ResponderExcluirAh, como fazes um belo uso da aliteração. Adorei os dois últimos versos:
"espada de sangue/em fino fio/ a letra a/em sua lâmina/se escrevia!"
É de atravessar o coração de qualquer um.
Beijos
Atravessa e fica marcado, a ferro e fogo, rs.
ExcluirObrigada, Max!
Beijinhos!
Pois não Canto,
ResponderExcluirNão há só os Tangos em Paris....também os há em Buenos Aires, no Rio, em Lisboa....em Veneza!!!
Beijinho
O mundo é um tango (se levarmos em conta as tragédias pessoais, especialmente as sentimentais), não é mesmo, JP?
ExcluirBeijo!
;)
A é sempre um bom começo!
ResponderExcluirBjo
E não deixa de ser um convite, uma provocação para quem habitualmente começa por qualquer outro lugar, outra letra, hein Tati?
ExcluirBeijos!
:)
Minha querida
ResponderExcluirOs poemas escolhidos são lindos como sempre...e a escolha musical não poderia ser melhor, adoro Cristina Branco.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
Obrigada, Rosa e tu, gentil como sempre!
ExcluirUm beijinho!
;)
ResponderExcluirMinha querida
Mais um exemplo de como se pode dizer tanto numa palavra, em poucas palavras, em versos curtos, inscrevendo neles a intenção e a vida que lhes confere a sua dinâmica.
E eu nem quero pôr-me à procura da letra a, e nem do que ela induz em nós. Prefiro pressenti-la apenas e deixar-me ir na aparente leveza dos teus versos, aparente porque no seu âmago são tão profundos que me causam espanto...
Grande momento este!...
Beijos
Olinda
A Simone de Beuavoir diz que "toda palavra é sempre apenas uma ‘maneira de falar’: poderia haver uma outra", e podemos dizer tanto nessa "maneira de falar", tanto quanto sentir, e gostei muito, mergulhaste profundamente no "espírito" dessa minha poesia, cuja proposta é provocar-nos em nossa condição de humanos e de suscetíveis que somos às coisas da vida. Belíssima a sua interpretação e sentimento, Olinda, como sempre!
ExcluirUm beijão, querida!
;)
É as coisas acontecem do nada quando menos esperamos,no outro dia,na noite seguinte e por tantas outras,lindo poema música excelente, parabéns.
ResponderExcluirBeijo
A vida é um espanto!
ExcluirBeijo!
;)
Há coisas que demoram a chegar até nós, mas, quando chegam, inscrevem-se e entranham-se como se sempre tivessem feito parte de nós.
ResponderExcluirExcelente poema, gostei imenso.
Querida amiga, tem um bom resto de domingo e uma boa semana.
Beijo.
Entranham, nos estranham, nos arranham e ficam...
ExcluirObrigada, Barcelli, beijo!
;)
Sopram ventos de melancolia
ResponderExcluirTransparente é o cinza que a tua alma encerra
A minha pobreza é a falta de um par de asas
Encontrei um lugar de reinvenção das sombras
Pensei virar as costas ao tempo e ao deslumbramento
E aí houve estranhamente o amanhecer das minhas palavras
E passei para te deixar
Um mágico beijo
Que os ventos da melancolia sempre nos soprem poesias!
ExcluirBeijo!
;)
O a da agonia quando a lâmina encosta na carne
ResponderExcluirE como agoniza e dói... E deixa a marca na carne.
ExcluirA primeira das letras inscreve-se rubra no verso
ResponderExcluirUma bela variação sobre um mote/citação que gosto muito
Suponho que saibas que este poema é cantado por Mariza de forma muito bela
mas aqui fica o endereço para o caso de ainda não conheceres
http://www.youtube.com/watch?v=tNxkyzXJeBI&feature=related
bjo
(a letra vermelha de quem ama; de quem se ama, Filipe, ali distraidamente diluída dentro, no coração... e que beleza de canção, obrigada pelo presente, um beijo!)
ResponderExcluir...
ResponderExcluir...
ResponderExcluir(the time cares)