não foi adeus
o adeus não-dito, não-pronunciado
- mas temido -
não houve adeus
não houve palavra final
afinal
mas a vida, a vida é irresistível
o tempo correu
e tanto se fez - que se estranharam -
entre tantos percursos desviados
decorreu-se o (im)previsto
redefiniu-se a rota
seguiu-se em única via
- era o que se podia -
e foi implacável com os sonhos
esse futuro imperfeito
que nesse interstício
ligou todos os pontos
dessa real distância
que sem a palavra final
sem o adeus nunca dado
consolidou-se enfim
o indesejável fim
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XXVII - IX - MMXI
maria bethania, pra dizer adeus - lani hall, edu lobo e torquato neto
maria bethania, pra dizer adeus - lani hall, edu lobo e torquato neto
Excelente...simplesmente excelente!
ResponderExcluir[]s
E viajamos sempre na vida em via única... nós é que pensamos que não!
ResponderExcluirMagnífica reflexão sobre a vida e as suas tristrezas!
Não gosto da palavra adeus...
ResponderExcluirBeijos,
AL
Estou encantado... estás a fazer cada vez melhor poesia.
ResponderExcluirParabéns, uma vez mais, por tanto talento que as tuas palavras revelam.
Beijos.
Belo misto de conto e poesia. Parabéns e muita paz!
ResponderExcluirConfesso que já usei esta música emoldurando um texto meu, mas a sua conjunção ficou perfeita, visto que não tenho como você, o dom da poesia...
ResponderExcluirLindo, menina...
Beijos
Mesmo que não sejam ditas as palavras, a vida nos fará ouví-las.
ResponderExcluirBelíssimos versos, como sempre.
Bjs.
Ouso dizer, pelas tuas belas palavras no meu pequeno garimpo, que além de poeta, tens familiariedade com a psicologia existencial..
ResponderExcluirBoa madrugada...
Edson
olá
ResponderExcluiradorei..
lindo
beijos!!
Canto da Boca
ResponderExcluirPalavra que estou estupefacta, pois nestes teus versos reencontro pedaços de vida vividos...descritos com uma precisão, como se tivesses 'lá' estado. Trata-se de um 'Adeus' que não foi dito e atrás disso vêm palavras que não foram ditas, mal-entendidos que não foram desfeitos. Passam-se os anos e é uma parte da vida truncada,'percursos desviados', como dizes, onde os sonhos se cristalizaram.
Gostei imenso deste teu poema, minha querida.
:)
Beijos
Olinda
Há momentos em que o silêncio é preferível ao adeus
ResponderExcluirBom fds
E que caminho seria dado a história se fosse dito?! Haveria outro rumo?!
ResponderExcluirQue vivamos todo que se possa, no fim, com ou sem adeus tenhamos vivido.
Muito bom!!!
Um abraço poeta!
obrigado..
ResponderExcluirbeijinhos!!
Deixou-me a reflectir...
ResponderExcluirBj
gostei!
ResponderExcluirmto obrigado!
abraço
adeus não faz parte do meu vocabulário
ResponderExcluiraté sempre talvez
belíssimo poema.
um beij
Nunca saio de mãos abanando, vindo aqui...
ResponderExcluirHoje ouvi esta linda versão de Fallen que eu não conhecia... (aliás não conhecia versão nenhuma... ah ah ah).
Voltarei mais vezes, viu?
Bom final de domingo para você também...
mas que lindo isso!!
ResponderExcluirestou seguindo
beijos
http://rgqueen.blogspot.com/
"Adeus". É talvez uma das palavras com mais significado da língua portuguesa...
ResponderExcluir(e que tu tão bem aplicas neste lindo poema)
beijo **
Meu Anjo.
ResponderExcluirDeus abençoe sua semana
sou sempre grata pelo seu carinho.
No momento quase não estou conseguindo fazer visitas.
Porém tenho você no meu coração e pensamento.
Estarei tentando deixar meu carinho também,
parabenizar pelas postagens lindas que leio na sua postagem.
Um beijo no coração .
Já com saudades e muitas.
Evanir
Tudo lindo, tudo belo neste post, desde a imagem à música. Eu adoro.
ResponderExcluirE mais do que as palavras, são os atos que consumam as decisões.
ResponderExcluirUm abraço, um 'obrigada' e um 'volte sempre' :)
Cá por mim
ResponderExcluirnunca digo adeus-
Só para alguém que se vai desta vida!
Bjsss
Tantas vezes tive essa sensação, e acho que vivi...um adeus que nunca foi dito..
ResponderExcluirMinha linda, tanta saudade daqui, de ti!
Sempre com textos lindos, e ahhh...Bethânia pra fechar com chave de ouro...
Um abraço do tamanho do mundo!!!
Lindo dimais da conta!
ResponderExcluirBjs.
Ó, lindo adeus que nunca é dito, adiado por tanto que chega a tornar canto os já malditos sonhos meus... Belo!
ResponderExcluirOlhe, adorei o últimocomentário, para compensar a pachorra tua de ctrl C+ctrl V do anterior sobre o 11 de setembro, né?! Logo tu, uma revolucionária... Enfim, estamos de olho na boca... Abração!
A palavra não dita, mas praticada.
ResponderExcluirMinha querida, seus poemas são muito lindos e tão profundos. Quanta vida existem neles, quanto verso que me fala do sentimento - o sentir que a poesia deixa fluir assim, desta forma tão bela como escreves. " O adeus que nunca foi dito" há uma tristeza silente em tuas palavras. Assim eu sinto. Assim te falo.
Beijo
as distancias permanentes afastam
ResponderExcluiras temporarias, aproximam
e a saudade é o ponto médio
entre estas duas extremidades
obs: nao recebi seu comentario na segunda parte do conto do piano, nao sei o que houve :(
beijo
ei, na verdade ele estava preso no blogger, mas nao recebi o aviso no email como sempre acontece. ja liberei e obrigado. beijo
ResponderExcluira deus o que é de adeus
ResponderExcluirA deus o que é de adeus
ResponderExcluirDilberto, nada de pachorra, eu realmente gosto muito da sua poesia, independente da escolha do seu gênero textual.
ResponderExcluirÉ que eu tenho um caso de amor com o poema, risos.
Com relação às informações sobre cinema, aprendo muito contigo, com o Herculano e também com a Vanuza.
Obrigada pela vinda, e sobretudo, pelas palavras!
Abração!
;)
Rafael, muito obrigada, volte sempre!
ResponderExcluir;)
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Partindo do pressuposto que não podemos estar em várias vias, fisicamente falando, já que não temos o dom da onipresença, risos, eu concordo contigo, Manel, literalmente. Todavia, há caminhos e percursos que sempre podem ser refeitos, nesse caso...
Obrigada sempre pela sua presença no Canto, e por interagir.
Beijo!
;)
Eu também não, Albino, mas ela é tão necessária e presente...
ResponderExcluirObrigada por sua presença constante no Canto e pela inferência.
Beijo!
;)
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Encantada estou eu pelo elogio, que sei verdadeiro, e pela sua constância ao Canto, a casa aqui é sua!
Beijo, Barcelli!
;)
o consolo dos que têm saudade
ResponderExcluiré saber que não há como fugir
à esfericidade da Terra
e quem parte sabe muito bem
que devido a essa geometria
se aproxima quem se desterra
(bem o sabe o ser pensante:
por mais que se esteja distante
pelo outro lado do mundo
chega-se de volta num segundo)
Obrigada, Marcell, duplamente, pela presença e pelo desejo! O Canto se sente honrado contigo aqui.
ResponderExcluirAbraço, paz e bem para você também!
;)
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Dom, Edson? Obrigada pela generosidade, sou uma aprendiz da escrita!
Se eu tiver que me definir, sim, defino-me como existencialista e ando num profundo mergulho no Surrealismo. Estou cada dia mais, estudando, analisando e refletindo 'sobre a cultura imaterial e seus processos simbólicos', numa visão bem 'hermenêutica' e não sei aonde vou chegar com isso, enfim...
Volte sempre, o Canto agradece.
;)
A vida sussurra aos nossos ouvidos, não é Marilene?
ResponderExcluirObrigadíssima pela presença no Canto, é sempre prazeroso tê-la aqui!
Um beijão!
;)
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Obrigada, Bráulio! Volte sempre, e aproveite as férias!
Beijinhos!
;)
Ô, Olinda, sabe que eu fico cada vez mais maravilhada em perceber como as pessoas são e estarão sempre interligadas? Não importa o tempo em que se conhecem ou em qual parte do planeta habitam, mas sempre haverá de ter um elo, uma situação e ou condição de igualdade, ainda bem que é assim, pois só então, não nos esqueceremos de que, o que é humano nos pertence, não nos estranha e muito menos nos é alheio!
ResponderExcluirE desde que "nos conhecemos", eu tenho a incrível sensação de conhecê-la há muito mais tempo do que esse contado por Cronos.
Obrigada por estares aqui e se dispor a interagir e abrir o coração naquilo que é tão particular!
Um beijo, querida, a casa é sua!
;)
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O silêncio também é tão dorido quanto um adeus que não se diz, será Carlos?
Dá vontade de ficar apenas ouvindo o barulho do mar, as ondas se espargindo nos rochedos...
Obrigada por estares aqui, e continuidade de ótima semana!
;)
Augusto, me fazes cada pergunta! Ao menos nesse contexto, essa deve ser a ÚNICA alternativa para a história... Vivamos sempre, viva sempre!
ResponderExcluirObrigada por estares aqui no Canto, é um prazer!
Um abraço para você também, Poeta!
;)
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Blue, acredito que um texto cumpre seu papel, quando nos põe a refletir, significa que algo nos tocou.
Obrigada por estares aqui no Canto, volte sempre, será um prazer, e nos diga qual fruto germinou a partir da reflexão?
Beijo!
;)
Tantas partidas, tantos ires, tantas perdas, que algumas vezes nos perguntamos sobre a permanência daquilo, do quê e ou de quem gostaríamos que ficasse, não é Piedade? Muito obrigada por estares no Canto, é um prazer imenso tê-la aqui!
ResponderExcluirUm beijo!
;)
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Obrigada, Roberta, fico feliz que meu poema tenha tocado-lhe os sentidos. Volte sempre, prazer recebê-la!
Beijo!
;)
E tão dura quanta a saudade, quiçá, Phoenix?
ResponderExcluirBom demais ter-te aqui, a casa é sua!
Um beijão!
;)
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Evanir, grata pela mensagem cheia de bons auspícios!
Beijo para ti também!
;)
Vítor, que beleza, alegro-me bastante que tenhas gostado. Obrigada por estares no Canto, volte sempre, prazer imenso te-ter aqui!
ResponderExcluir;)
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Pois! Embora em ambos os casos, despedidas ( partidas) e finais, sejam sempre tristes, não, R.?
Obrigada eu pela receptividade e por estares aqui. Volte sempre!
Um abraço!
;)
Nem mesmo um até qualquer dia?
ResponderExcluirAh, Vieira, qualquer hora eu também aprenderei a não dizer adeus.
Meu melhor obrigada pela vinda ao Canto, a casa é sua!
Beijos!
;)
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Ô Sil, ô menina linda, melhor do que te ver aqui, e saber-te bem de saúde!
Para alguém que mais emoção do que razão, não causa surpresa saber que viveste algo parecido!
Obrigadinha por estares no Canto, a casa é sua, aqui você manda!
Um beijão enorme, lindeza!
;)
Ò, Fátima que honra ter você aqui, isso sim é que é lindo! Obrigada, viu?
ResponderExcluirUm beijo!
;)
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A palavra rasgada na carne, na alma, no verbo, Ila. Eu fico toda feliz e ao mesmo tempo lisonjeada, sentindo cada palavra dita por ti, essa poeta que nos emociona sempre, com seus textos cheios de sentimentos, isso sim é lindo!
A casa é sua, sabes disso, o Canto fica mais rico com a sua presença, obrigada, viu?
Beijinhos!
;)
Pois o que não nos apascenta e nem acrescenta, não tem permanência, não é mesmo Eufrázio? Prazer ter-te no Canto, sempre!
ResponderExcluir;)
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Benno, Benno, quanta sabedoria em suas palavras! Emudeces-me, porque ainda que eu inteira insista em discordar, eu inteira sei quão racional é seu falar. Mas sou ambivalente, isso não posso negar. Essa distancia que acode o meu falar, é tão grande, tão devastadora, que não há mais geometria possível para aproximar. O segundo que a volta do mundo dá, é o mesmo que em seu próprio tempo, retorna para o ponto onde está.
Sabes que aqui quem manda és tu, não é? Obrigada por estares no Canto!
Beijo, beijo, beijo!
;)
Esse adeus foi dito e com muita tristeza, eu vejo assim.
ResponderExcluirBeijo, Branca