domingo, 20 de janeiro de 2008

(des)Memória.

(imagem recolhida na net)


Ela insistia em nao ver a face que se recobria
Dia e noite, noite e dia
Um após o outro

Em mil se distorcia
Duas mil vezes iludia

Lágrimas difusas
Juras confusas
Insídia teatro

Obtuso.

Pedia uma coisa
Outras lhe foram dadas
Pôs-lhe aos pés a vida
Renegou-a.

Obrigou-a a romper com os sonhos
Confrontou-a
Sangrou-a.
Não há nada mais que se possa ver.
Fazer.

Recolher.

Catar memórias
Histórias
Banalizadas
Jogadas ao chão
Guardanapo de papel

Solidão.


Tirada do fundo do baú. O tempo perdeu-se na memória. Ah, que doce mistério é viver.

10 comentários:

  1. Como sempre poeticamente lindo...

    =**

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  2. poesia, dor e solido. ótimos elementos para uma escrita.

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  3. Nesse baú aí tem mais?
    Adorei!

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  4. Escancara esse baú, mana! A gente merece!
    Ei, não fiz a inscrição. Não adianta, não me animo a sair do Brasil... Perdoa?
    Beijos. Como foi o final de ano, e como está sendo o início do novo? Escreve para o meu e-mail, tô com saudade de notícias suas! Aposentei praticamente o MSN, depois te explico as razões.
    Beijos!

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  5. Bom... eu li, reli, tresli e continuo lendo. E a cada hora que releio, tenho uma sensação diferente acerca desse texto. Muito lindo, muito bom, muito profundo. Tou passada com você! ;-)))
    Diaba!

    Beijão!!! Tete!

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  6. Escancare o baú, moça.
    A agilidade na escrita agora criou asas.

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  7. Tudo é sempre igual e se não é sempre igual acaba se tornando igual vez por outra? Somos criculos viciosos, suponho...
    Belo poema, moça.
    bjs

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  8. A vida é sempre recomeçar........
    Muito bonito.
    Beijos, Boca.

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  9. Os pesares dividem as marés
    A idade do ouro ainda tarda
    Os anos passam como gotas varridas
    Por um tempo que retrata o nada


    Convido-te a saborear um absinto no meu espaço
    pela Taça de Fino Ouro



    Mágico beijo

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Prazer tê-lo/a no Canto, obrigada pela delicadeza de dispor do seu tempo lendo-me. Seja bem-vindo/a!

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