quinta-feira, 21 de junho de 2007

Em noites como essa...

Em noites como essa
Que resgatamos memórias
E confessamos segredos
Pontilhamos o enredo
Reescrevemos nossa história
E desenhamos um novo mundo
De nada tenho medo

Em noites como essa
Que tua entrega anuncia
Com qual intensidade sentia
Tanto amor que nem sabia
O quanto MEU és
Que longe de mim
Tudo
Nada valeria

Em noites como essa
Quando o sol dorme
E velas meu sono
Veste-se
Meu dono
E
Aninha-se em meu sonho

Em noites como essa
Que me contas,
Arcano
De pensamento em pensamento
Que por não saber sentir
Os aromas e sabores
Palavras e seus sons
Palato em confusão
A sete chaves no peito
Deixou trancado
O coração

Em noites como essa
Que me sorri a contar
Dum tempo que já foi
Em que tudo era só
Dor resto e solidão
Abandona-se
Declara-se
MEU
E deixa-se assim ficar
Aconchegado em meu colo
Porto seguro de o seu eterno atracar.


Nada podeis. Contra o amor nada e nem ninguém podeis.

Sem fantasia – Chico Buarque


10 comentários:

  1. Ah, Val
    Fico silencioso, diante da força do seu canto, diante da força dos seus sentimentos.
    Diante da força que você tem.
    Além de beijos o que mais posso deixar? Claro tem a saudade e a falta que sinto dos nossos papos.
    Estava viajando, num congresso, congresso, trabalhando muito. Isso estava me deixando cansado e por isso a demora em vir ver voc~e aqui.

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  2. sinceramente, boca... arrebentou! a força do amor é inconteste, assim como a noite, amantes são mútuos portos seguros em que braços e línguas se atracam em águas tranquilas (fazendo marolas cujo som faz embalar) , beijo
    Benno

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  3. Que venham muitas noites como essa. Sorte a nossa.
    ;-)

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  4. cheguei até aqui pelo google.
    impossível não ler você, tudo é de muito bom gosto.
    as poesias são lindas, parabéns.

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  5. O mundo parece ter jeito.
    É muito bonito o movimento que você dá ao poema.

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  6. Eu também canto o teu canto, Boca.
    Beijo´.

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  7. Aqui ficou ainda mais bonito, Val.
    Beijos.

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  8. Lobo... Que se enreda no TAO e que ensaia Tratados de "sentar e esquecer". Em noites como essas, tudo dorme, procurando alguma paz.

    http://havesometea.net/NonLiquet/archives/279

    :-|

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  9. Bom saber notícias suas, "sem núcleo de loucura".
    Mas eu, com a mesma vertente de discórdia, rindo aqui. Não acredito no 'sentar e esquecer'.
    Senão, onde ficariam as memórias?
    ;)

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