quarta-feira, 9 de maio de 2007

Venhodelonge...

As palavras saídas da Boca
Mais pareciam poemas de amor
O tom melodioso
Uma composição de Chopin:
“Balada, Nº 1, Opus 23, em sol menor”
Evocações do não vivido
Desejos a partilhar
Alegria por dizer
Maravilhamento só por saber
O existir
Venho de longe
Assim, se definiu:
Venho de longe, das montanhas de Minas
Venho de longe, lá das terras das Geraes
Brinco entre as montanhas de Minas
Invento formas nas nuvens das Geraes
Em mim tudo ocupa
Em Minas, tuas culpas
Largadas lá
A passos altos
Controlados
Planejados
Das Geares
A descoberta
O achado:
Nas terras do “Leão do Norte”
( A sua "Diadorim")
Maria sempre Bonita
Morena sestrosa,
parceira de Lampião
batom vermelho na boca
Cabelo penteado
Andar faceiro
Olhar iluminado
Riso incontido
Debochado
Escancarado
Uma reinvenção da alegria
Pós-medieval
Que sorte!
Tu, tudo ocupas
Desde os “pequeninos olhos que enxergam a alma das coisas, a alma dos homens...”
Ao “Brazil Poetic Portraits”
Eu, te ocupo
Dou-te meus olhos
E deles tu “enxergas as coisas
E minha mimética descrição”
Me deste um mundo que podias dar
E tua alma enferrujada
“...Por isso sou triste, orgulhoso:
de ferro.
Noventa por cento de ferro nas calçadas.
Oitenta por cento de ferro nas almas.
E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação.”
Nesse peito lenhoso
Estás todo dia
Serás meu assim:
Intangível
Distante
Negado
De longe...
Quem irá tirá-lo de mim?
Eu, te chamei Amor
Tu te chamas Oc...


Olinda, novembro de 2002

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