(imagem da net)Ao sonharmos
Dividimo-nos entre a vontade e o agora
E a apertar, a saudade...
Ao passo mesmo que
Esperarmos nascer a crença e a fé
Flagelamo-nos...
Nas conversas de antes
Tínhamos n’ alma
Nos olhos: o desejo...
E no corpo do ansiado
Como se caudaloso rio fosse
Tu navegador a percorrer minhas curvas
Alargando-me as margens
Embrenhando-se profundo
Neste que agora te ofereço: meu pequeno mundo
A [tua] boca, porta d’alma
Minha língua serpente
Invadindo docemente o comungar ardente
Engolimo-nos, sedentos
Eu: despudorada, desnuda, oferecida,
Enrosco pernas, braços, diluída...
Tu: em riste, rígido, tensão
Invade portas, mares
Somos um só: tesão...
Dividimo-nos entre a vontade e o agora
E a apertar, a saudade...
Ao passo mesmo que
Esperarmos nascer a crença e a fé
Flagelamo-nos...
Nas conversas de antes
Tínhamos n’ alma
Nos olhos: o desejo...
E no corpo do ansiado
Como se caudaloso rio fosse
Tu navegador a percorrer minhas curvas
Alargando-me as margens
Embrenhando-se profundo
Neste que agora te ofereço: meu pequeno mundo
A [tua] boca, porta d’alma
Minha língua serpente
Invadindo docemente o comungar ardente
Engolimo-nos, sedentos
Eu: despudorada, desnuda, oferecida,
Enrosco pernas, braços, diluída...
Tu: em riste, rígido, tensão
Invade portas, mares
Somos um só: tesão...
Ando sorrindo ao vento, entre ficar na fímbria, no beiral, portal, janela... Lancei-me ao mar desconhecido... E nada como uma bela canção pra acompanhar essa inusitada navegação... Pra um sambista encantador, uma música que já é nossa, nossa cara:
Pressentimento: Elton Medeiros e Hermínio Belo de Carvalho, ando escutando-a com a Roberta Sá...
“Ai ardido peito... Queira entender o meu segredo... Queira pousar em seu destino... E depois morrer de teu amor... Ai mais quem virá... Me pergunto a toda hora... E a esposta é o silêncio... Que atravessa a madrugada... Vem meu novo amor... Vou deixar a casa aberta... Já escuto os teus passos... Procurando o meu abrigo... Vem que o sol raiou... Os jardins estão florindo... Tudo faz pressentimento... Que esse é o tempo ansiado de se ter felicidade.”
Decididamente!!!! estou encantada... Definitivamente... encantada!!
ResponderExcluirOba! Venha encantar-se mais vezes.... Beijos. ;-)
ResponderExcluir...;-)
ResponderExcluirNossa, Val, vc deixa qualquer um sem fôlego, texto e imagem. Ambos provocam muitas sensações.. Beijos, minha branca..
ResponderExcluirBeijos, meu nego... Suspeitoso vc, não? ;-))
ResponderExcluirMuito lindo e caliente também. Adoro vir aqui. Beijos.
ResponderExcluirBeijos, grata por visitar... ;-)
ResponderExcluirBoca, que qué isso? Quer me matar?
ResponderExcluirEu? Claro que não!! ;-))
ResponderExcluirJá entrei aqui hoje, mais de mil vezes.. Estou bêbado, com saudades e odeio quando você vai dormir e seu msn fica ausente.
ResponderExcluirEntre sempre que quiser, a casa é sempre sua.... E vá curar essa ressaca que a vida anda.... Corre, vai, menino!!! Beijos meu nego lindo....
ResponderExcluirGarota, você continua com as suas provocações, e o domínio das palavras, que brincam nos dedos e na sua... Boca! Beijos.
ResponderExcluirSou uma tonta... Nada sei, td quero aprender... Beijos.... ;-))
ResponderExcluirnão se navega sem bússolas, sinais e algum rumo prenunciado... e atento a eles se compreende uma linguagem única emoldurada de recordações saudosas tantas. Caminhos são assim. Desatinos também. O que navega sabe destas palavas. :-)
ResponderExcluirMas há por aí, uma parcela de loucos, de loucas, que se lançam ao desconhecido, sem instrumentos que lhes orientem... A falta de palavras tb pode ser um sinal...? ;-)
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ResponderExcluirPode. Com duas interpretações em via contrária uma a outra.
ResponderExcluirsimplicidade é algo muito complexo, pois não? Ser simples é muito difícil, deve ser por isso que sempre recorro às leituras, nas difíceis horas, qdo quase nada entendo do que vivo, sinto, ou me dizem... Como diz Graciliano Ramos [vc sabe que tenho verdadeira adoração por esse literato]:"A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso: a palavra foi feita para dizer." Quantas vezes eu não já disse isso? Se não houver das partes envolvidas, um diálogo, tudo poderá ser entendido de tantas formas, muitas delas, errôneas. Eu sou da palavra, da explicação, do didatismo, do esmiuçamento até à exaustão. Não gosto de dúvidas, de nenhum tipo. ;-)
ResponderExcluirHm, jardins floridos na alma? Descrição bonita, parece que é primavera por aí, por aqui?
ResponderExcluir"Aprendi com a primavera a me deixar cortar e voltar sempre inteira", já disse Cecília Meireles... Mas sempre será primavera em algum coração, algum jardim... A vida é assim... ;-))
ResponderExcluirPalavras fazem pensar e pensar é um ato cognitivo, alimentado pelos inferimentos das visões e sensações que nos envolvem. Só a lógica, inserida nas palavras, e por sua atemporalidade, seria capaz de realmente "dizer" ou satisfazer uma verdadeira questão. Nem sempre somos e podemos ser lógicos. Não é simplesmente uma questão de sobrevivência. Fico, por mim, com a palavra inversa, transgressora, como naquele sentido de se ouvir a história da Chapeuzinho Vermelho pela visão do lobo, potencial vítima (aterrador isto) ou a história da Branca de Neve pela visão do Caçador, uma quase "eminência parda". E na falta de palavras, fico com a via mais danosa, a da tormenta, a da inquietação, por questões de mero costume e saber que me são familiares e julgar saber lidar com elas a meu modo. No fundo, sem compreensões errôneas, sempre concordei com você, mesmo faltando palavras... É bom te ver e te sentir nas palavras (palavras, sempre as palavras... tsc) ;-)
ResponderExcluirNo que concerne as facetas ou análise(s) do(s) discurso(s), a sua é só mais uma via de interpretação, ou um olhar de contraste, que é bem enriquecedor... Decidir por si já é difícil, por outra pessoa é bem danoso e às vezes irreversível... É só a minha opinião, que fique claro... ;-) E cada dia mais torno-me ousada, via de regra, no contra-fluxo... Uma coisa é certa: o número de loucos é infinito. De uma forma ou de outra, nos enquadramos num modelo de loucura... Se não essa, àquela... Preferir ficar com a tormenta, com a tempestade, com a inquietação, é masoquismos em alto grau... Hahahahahahahaha!! Perdão, mas parece que não soltaremos jamais o fio de Ariadne, ainda que não existamos labirinto, Minotauro, Teseu... Preciso do não, da discordância, d’ outra faceta... Ânimo e Anima... Contraste .... E equilíbrio. Pensa nisso. Plisc!
ResponderExcluirAlma, aqui começa tua resposta, é que não deu no espaço destinado... ;-)) Penso que além das palavras, algumas situações também, nas quais nenhuma palavra foi dita, nos levam a isso. Há de facto o exógeno e o endógeno conflitando, ou quem sabe, pactuando, para a reflexão... No entanto discutir a lógica dos sentimentos, que estão cristalizados (ou não) nas palavras, é segundo eu mesma, muito ilógico, não consigo ver nenhuma racionalidade nisso. Gostaria muito que tu me mostrasses...? ;-) Consigo observar pela greta da tua janela, uma certa ansiedade (?) quando tu desejares de facto gritar a tua insatisfação, pode me chamar que eu grito por ti também (ora tu admite a lógica, ora não, não podemos exigir de outrem a decisão que lhe escapa, constantemente, por motivos tantos, que não convém mexer nesse ninho)...
ResponderExcluirVal, belo texto, belíssima imagem, sem contar na referência musical. Sinto-me homenageado, sou fã do Elton, do Hermínio e da Roberta. Beijo.
ResponderExcluirObrigada, pessoa tã gentil... Gosto deles também... Beijos... ;-)
ResponderExcluir(Doces momentos de folga...) - Não. Não é masoquismo. É impulso para desgarrar, assim como o chamado do medo querendo sair e não entrar e você bem sabe do medo do qual falo. Não se vai à "guerra" sem tormenta que o alimente... E quanto à lógica, acabo me enxergando bem dentro dela, apesar de entendê-la diversa demais. Ao fim, a lógica continua sendo atemporal e a retórica não. Entenda que a minha lógica não é retórica, mero convencimento ou persuasão torpe (destas que políticos geralmente usam para um ou outro próopósito). Devo estar perdendo o rumo mesmo e isto é um bom sinal. Ficar à deriva por uns tempos deve ser necessário a algum propósito. Talvez, aquele navegador de seus escritos (genérico ou não) que demandou esta contenda permeada de inferimentos abstratos mereça, de igual forma, uma "calmaria que o leve a algum achamento", mesmo que tardio seja para os padrões lógicos corriqueiros. P.S.: Percebo que contendas com você continua a ser um exercício de audição :-p (rs - muitos)
ResponderExcluirGente, não é? Não sei como se faz isso não, se desgarrar, se amarrando cada vez mais... Sei lá, tb tem cada coisa no mundo da qual ninguém nunca ouviu falar, eu muito menos... Ah, ò, ei, psiu, lembra que eu falei que àquelas coisas lá são o mais simples possível? Cada vez que vou à Cultura, faço o mesmo percurso, folheio os mesmos títulos, afinal, tem tanta coisa ali, e muita libertação, da tentativa de... Hunrum sei da sua fixação em ser expectador de si... Quanto ao caminho de volta, saberíamos qual seria ele, tsc! Se esse for o melhor, ótimo... Se não, viva do mesmo modo. Sabes que eu defendo a teoria de que se não há nada a fazer, o melhor a fazer é não fazer nada... Mas tu aprendeste a ler as estrelas, não vai se perder por muito tempo... A propósito, andas lendo Calvino? ;-)
ResponderExcluirEncantado, senhorita. Beijo.
ResponderExcluirBoca, que lugar lindo!!! As imagens, os textos, as músicas, tudo. Beijos.
ResponderExcluirNossinhora, o que é isso Valzinha??
ResponderExcluirMata.. Machuca.. Abandona.. Você é de uma crueldade.. Vou tomar várias, vem comigo? Agora?!
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