quarta-feira, 9 de maio de 2007

Oscilo...


No silencioso contato
Antes de qualquer palavra dita
Há os famintos olhos de ambos
Entre arrancar voraz a veste
O toque gentil na seda
E despir com a calmaria
Para tragar sentida ausência
Das vezes seguidas
Tantas
Que não foram nossos, os dias

Entre o gozo e o prolongamento
Entre a oferta da gruta úmida e tua entrega rija
Entre o sussurro e o grito, inconteste fato
De como ficamos no ato
Entre a maciez do cetim
E a frieza do duro chão
Entre o beijo guloso teu
Ou o preciso toque das mãos
Oscilo...
Pois que entre o tu e o eu
Há uma geografia e continentes...

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