quarta-feira, 9 de maio de 2007

Incompleta... E ainda assim feliz.


O que sou não sei, jamais saberei da minha totalidade, não raro me sinto incompleta.... Feliz e incompleta, não raro me pegam cantarolando.... E ainda assim, incompleta.... Apesar de a vida arrebentar lá fora, num sol escandaloso, e arrebatar aqui dentro de mim com veleidades desconhecidas e sentimentos contraditórios, quero engoli-la...Todos os caminhos luminosos ou não, floridos ou não, que a vida em sua magnífica sabedoria lhes acena...Quero viver todas as emoções nas dimensões conhecidas e desconhecidas, e até nas inventadas...Mais uma vez reafirmo o meu desconhecimento de parte de mim, quem sabe você não me ajude a (me) desvendar? Ou quem sabe deixar-me envolta nessa bruma seja menos perigoso para nós dois? Quem sabe meu desconstrutor chama-se (...) e Marcel Duchamps tenha ficado no seu devido lugar na história da arte e na corrente dadaísta? Salvador Dali não ousaria imaginar-me, não sei de que mistura sou feita, se cubista, surrealista, modernista, ou se sou a sua imaginação cristalizando-se... Sinto-me tão tênue como um fio milimetricamente tecido com a perfeição que só as aranhas (seu aracnídeo preferido) sabem tecer, perfeitas em sua engenharia e geometria e, então ficam preenchendo os espaços vazios, com sonhos, com desejos, com procura... Quem sabe eu não esteja diante do "meu" fio-guia? Sim, sim, se me for dado à oportunidade de furar a cerca da desconfiança, a cerca do medo diante do inesperado, do não vivido e sumamente desejado, a mim me agrada esse papel... Quero viver o que ambos permitirmos...
"Eu sou feita de restos de estrelas, como o corvo, o carvalho e o carvão..." Eu sou feita de alguma explosão cósmica, que em estado de pó, saiu vagando pelo cosmos até me tornar o que nesse instante sou: emoção! Desejo! E que mais??! Porque tanto quanto tu, venho aqui como se estivesse diante de meu sagrado confessor, e com os joelhos genuflexos eu revelo que sinto a mesma magia velada e que, apesar de não saber o que encontrarei do outro lado do confessionário (tenho a mais tímida idéia, e esta já me impele a transgredir, passar do limite), eu quero correr todos os riscos, se assim posso chamar o deleite que é te saber nesse plano... E pleno...Na volta, da volta, me saberás, saberás que aqui estive contigo, e fiquei a te esperar para o dia seguinte:Te beijo agora e, te espero nas ondas sonoras. Quero te ouvir lá também... Crie um bom dia.



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