quarta-feira, 9 de maio de 2007

O Beijo I.


Bendita morte!
Que enlutece a alma
E embrutece o ser
Maldita sorte!
Morre-se todo dia
E em cada um
Um pouco do que somos
Não se morre só no corpo
Matéria
Bendita morte!
Esvazia-nos
E deixa-nos neutros
Maldita sorte!
Que acena caminhos
Perigosos, imprudentes
Não se iludam com a paisagem
Banais miragens
De olhos pouco sagazes
Cor de cajá
Bendita morte!
A afastar dos perigos
Finalizar o desejo contido
O Beijo roubado
Numa cena patética
Etílica por disfarce
Maldita sorte!
De quem tem por destino
Apenas sonhar
E essa bendita morte
Que sorte!!

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