segunda-feira, 21 de maio de 2007

"High."


Sobre si a luz alaranjada
Emoldurando sonhos de uma noite inteira

Atrás de si o despertar do dia
E o emaranhado de sensações n’ alma

Dentro de si um desejo se faz morar
Sempre impossível

Ao redor de si sensações tensões e intenções
Falas que não querem calar

E a vida se arrasta
Alastra
Provoca
Motiva
Impulsiona
E conclama...

Tudo se torna difuso
Confuso
Misturam-se os espaços
Os passos a pele os pelos
Na individualidade dos corpos o apelo...

Um caminho que levou ao outro
[Ainda que vicinal e inesperado]
Caminhantes que se entre fitaram
Tocaram-se com a retina
Com o verbo
E criaram um rumo
Uma rima...

O que era provocação
Desejo
O que nunca foi coincidência acaso
Similitude
O que era desmantelo
Construção
O que era silêncio
Respiração
O que era movimento do corpo
Lassidão
O que era gesto
Certeza de que caminhar os levaria além
E a vontade de ambos do toque ao alcance da mão
Apesar da distancia...

É engraçado como as coisas chegam até nós, há tanto mistério na simplicidade que eu até tenho medo...
Escuto nesse instante uma música danada de bonita: High e quem canta é um cara chamado James Blunt...

“Beautiful dawn - lights up the shore for me... There is nothing else in the world… I'd rather wake up and see (with you)… Beautiful dawn - I'm just chasing time again… Thought I would die a lonely man, in endless night… But now I'm high; running wild among all the stars above… Sometimes it's hard to believe you remember me...”

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