quarta-feira, 9 de maio de 2007

Há cinco mil anos...

Há cinco mil anos
Habita-me n' alma.
Há cinco mil anos
Fuça-me à entranha.
Há cinco mil anos
Transmuto-me per te.
Há cinco mil anos
Debato-me
Entre a saudade e o rigor.
Há cinco mil anos
Desfaço-me oceano.
Há cinco mil anos
Descarto os acessórios.
Há cinco mil anos
Teu sorriso estampa meus olhos.
Há cinco mil anos
Sou anjo torto escalando teus vértices.
Há cinco mil anos
Uma verde esperança plasma o futuro.
Há cinco mil anos
Subverto tua plenipotência.
Há cinco mil anos
Os dias ausentes de ti são desimportantes.
Há cinco mil anos
Tranço
Traço
Enlaço
Meu destino ao teu.
Há cinco mil anos
Sabias-te meu.
Há cinco mil anos
Leio em tua alma o que finge desconhecer.
Há cinco mil anos
Vejo-te à espera de um pedido.
Há cinco mil anos
Confesso-te, meu décimo - primeiro mistério:
Ainda que o vento devore tudo e permeie-me à alma com a crosta da insegurança
Basta-me estar no teu brilho ocular, que me refaço senhora dos teus desejos.

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