segunda-feira, 21 de maio de 2007

Desmaios em setembro...


Em desmaios de setembro me joguei
Precipício vertiginoso mergulhei
Sem cautela
Sem caução
Em estado de desrazão
Delírios delícias desejos e pura sedução
Despir-se do medo
Correr riscos viver o perigo
Ter coragem
Determinação
Que traz à boca
Esse gosto de leveza diluição
No descaminho da civilização
Deixo levar-me fossilização
Como pedra
Em angular construção
No caminho o traço o chão
Perpetuando uma crença
Decifração
No tempo da primavera a sagração
Revestir-se de silêncios
De fragilidade humana
De copos-de-leite,
flor-de-lótus,
orquídeas,
girassóis,
jasmins,
flamboyants,
Imaginação...
E nova outra mais uma vez contemplação
Velha conhecida sensação
Matizes mil coloração
No solo infértil
A vida
Imenso coração
Como artista a esculpir nas rochas
Retraçando vazia solidão
Retratando o passado emergente
Metáforas alucinação
Na presença constante
Acrescenta
Luz doçura
Mais que matéria
Palavras vãs
Castanho olhar íris a brilhar
Sorrisos carinho na palma da mão
Oferta colo paixão construção...


P.S.
Enquanto brincava de rabiscar, escutava High And Dry – Radiohead... E me esparramava precipício abaixo, vertiginosamente...
"Two jumps in a week... I bet you think that's pretty clever don't you boy?... Flying on your motorcycle,Watching all the ground beneath you drop... You'd kill yourself for recognition... Kill yourself to never ever stopYou broke another mirror... You're turning into something you are not... Don't leave me high, don't leave me dryDon't leave me high, don't leave me dry..."

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